Unicórnios, empresas que chegam ao bilhão, comemoram resultados excelentes

O que os unicórnios têm em comum? Inovação e técnica para lucratividade e sucesso.

Wagner Casemiro

A crise econômica foi um desafio superado por startups, empresas de inovação tecnológica, que chegaram ao US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,6 bilhões) em 2021 e se transformaram nos famosos “unicórnios”. A imprensa especializada comemorou o resultado na contramão das notícias negativas que insistiram em rechear o semestre passado. No balanço da revista Exame, 11 startups brasileiras alcançaram o status de unicórnio, mostrando que investidores decidiram aumentar as apostas, trazendo mais maturidade ao ecossistema. Os leitores e os nossos alunos devem acompanhar de perto esses campeões.
O que os unicórnios têm em comum? Inovação e técnica para lucratividade e sucesso. Representado por criaturas mágicas da mitologia grega, o termo foi utilizado pela investidora Aileen Lee, do fundo americano Cowboy Ventures. O montante investido em startups brasileiras superou 8 bilhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano passado. Neste período, foram 677 rodadas de investimento que tiveram participação de grandes fundos internacionais, entre eles o conglomerado japonês SoftBank. O seleto grupo já contava com nomes como Nubank, Creditas, Stone, QuintoAndar e iFood. Na lista, estão representantes de setores de destaque, como e-commerce, pagamentos e delivery.
A Folhapress destacou que foi o melhor resultado desde quando o aplicativo de viagens 99 virou o primeiro unicórnio do país em 2017. O resultado desbancou com folga o ano-líder anterior, 2019, quando o rebanho brasileiro de bilionárias recebeu cinco startups.Antes mesmo do fim de 2021, o volume de investimentos em inovação e tecnologia não tinha precedentes no Brasil, segundo dados da plataforma Distrito. Foram US$ 8,85 bilhões (R$ 50,13 bilhões) até novembro, mais que o dobro do total de 2020: US$ 3,659 bilhões (R$ 20,726 bilhões).
Descontando as empresas de tecnologia listadas em Bolsas de Valores – como o Nubank, que após a estreia no mercado de ações se transformou em outro ser fantástico no jargão do setor, um “ipogrifo”-, o Brasil chegou a 18 startups bilionárias. As empresas de tecnologia do setor financeiro, conhecidas como fintechs, são as mais comuns: somam 7 entre as 18. Em 2021, porém, elas não foram as mais populares. Apesar de liderarem os investimentos, somaram duas entre as empresas mais valiosas, uma a menos que as da categoria de varejo, setor que inflou depois das medidas de distanciamento da pandemia impulsionarem o ecommerce.
A predominância de São Paulo se manteve: sete das dez são do estado mais populoso do país, duas são do Paraná e uma é de Minas Gerais. Ao longo dos últimos anos, a única fora das regiões Sudeste e Sul foi a cearense Arco Educação, que chegou ao bilhão em 2018, mesma época em que abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York.
“É cada vez mais comum a startup virar um unicórnio rápido”, afirmou o presidente-executivo da plataforma Sling Hub João Ventura.
Segundo o Diário do Comércio, os unicórnios se espalharam pelos setores de mídia, fintech, segurança e logística. Entre os novos nomes, estão Madeira Madeira, Hotmart, Unico, Mercado Bitcoin, Nuvemshop, Frete.com, Cloudwald, Daki, Merama, Facily e Olist. Vamos ficar de olho nesta seleção!

* Wagner Casemiro é Secretário Municipal de Habitação de Atibaia, Professor Universitário Especialista em Administração, Contabilidade e Economia e Representante do CRA – Conselho Regional de Administração Atibaia.