A UNIFAAT é parceira no abraço desta causa social

Luiz Gonzaga Neto

O jornal O Atibaiense, pelas mãos justas dos seus diretores, Wagner e Carlos Alberto Bassetto, recebeu muito bem o entusiasmo do juiz coordenador do CEJUSC Atibaia/Jarinu, dr. Rogério Correia Dias, apoiando a criação desta nova coluna, Acordos de Paz. É sempre bom lembrar que o CEJUSC de Atibaia é resultado da parceria entre o Tribunal de Justiça de São Paulo, a Prefeitura de Atibaia e a UNIFAAT Centro Universitário. Fisicamente, está na rua Bartolomeu Peranovich nº 200, Centro, mas, devido à pandemia, encontra-se fechado. Os trabalhos continuam em plena atividade na modalidade virtual, com realizações de sessões de conciliação e mediação pela plataforma Microsoft Teams, sendo que os contatos podem ser feitos pelo e-mail cejusc.atibaia@tjsp.jus.br.
A parceria da UNIFAAT é fundamental porque representa a sociedade civil da cidade, o esforço pela educação universitária e a luta/abraço desta causa social. A história da instituição começa com a disposição dos fundadores de uma faculdade, ainda nos anos 70. Aos integrantes de famílias tradicionais, se juntou no exército novos “soldados”, com excelente formação acadêmica e técnica. Nesse movimento, esses moços inteligentes mergulharam no sonho de criar o que hoje é um centro universitário, já vivendo plenamente sua vocação de universidade regional, sucesso no Estado e no país, com excelentes avaliações pelo Ministério da Educação.
Em conversa por telefone, o dr. Rogério citou a importância na parceria do dr. Júlio César Ribeiro, um dos “craques” deste time que comanda a UNIFAAT. Com o dr. Júlio, tive o privilégio de trabalhar na Prefeitura, no governo Flávio Callegari, ainda nos anos 90 do século passado. Aprendi muito com sua capacidade de articulação dos setores municipais (operacionais e administrativos) e com sua afinidade especial com a comunicação e os setores da imprensa. Esse aprendizado se estendeu por outros territórios intelectuais e por iniciativas que uniam história, espiritualidade e Brasil. Foi uma das convivências mais enriquecedoras que tive a sorte de acessar em minha modesta trajetória como jornalista.
Na internet, encontramos estudos sobre o papel social das universidades regionais no tratamento de conflitos, entendendo-se que são agentes integradores e transformadores. A ideia essencial não é fugir dos problemas, mas acolhê-los com espírito comunitário. Em estudo feito no sul do país, li que o conflito “é a raiz da mudança pessoal e social”, meio pelo qual “a manifestação de um problema pode culminar em solução; além disso, estimula a curiosidade, o interesse e o movimento. Nesse processo, é possível testar e avaliar situações e pessoas, definir grupos e a identidade individual e coletiva”. Ou seja, o conflito tem o potencial de rever situações e criar novos vínculos, restabelecendo a paz.

* Luiz Gonzaga Neto é jornalista, analista em comunicação da Câmara de Atibaia e blogueiro, autor de brincantedeletras.wordpress.com. Esta coluna pode ser lida também no site do jornal O Atibaiense – www.oatibaiense.com.br.