Prof. Hermes lança livro sobre sua vida, com texto saboroso e inteligente

Nascido em Monte Azul Paulista, ele frequentou o conservatório de Catanduva e, na capital paulista, teve como mestre o compositor Heitor Villa-Lobos.

O professor Hermes Péricles Felippe lançou seu livro de crônicas “O Cachorro que chegou de trem – e outras histórias que não são de Macondo”. O cronista e ex-prefeito Gilberto Sant’Anna leu o livro e elogiou bastante o intelectual criativo que tem uma folha de serviços prestados à cidade de Atibaia. Nascido em Monte Azul Paulista, ele frequentou o conservatório de Catanduva e, na capital paulista, teve como mestre o compositor Heitor Villa-Lobos.
Esse longo currículo incluiu Atibaia com destaque, porque foi aqui que obteve grande reconhecimento na área da educação e da cultura. Tanto que ex-alunos e admiradores prestaram recentemente uma homenagem a ele no Clube Recreativo Atibaiense. Do alto de suas oito décadas de vida, o professor Hermes participou de iniciativas importantes como o Colégio Vocacional, que tinha uma proposta pedagógica inovadora.
Mas o mestre, que se mantém produtivo e atuante, também foi um homem de família. Em Americana, casou-se com Evani, com quem seguiu depois para Ilha Solteira, em 1967. Na sequência, escolheram Atibaia para viver, tendo dois filhos e quatro netos. Depois que a educação musical saiu do currículo escolar, o professor Hermes passou a trabalhar com educação artística no Museu Municipal, onde participou de projetos como o Sociedade Atibaiense Apresenta Seu Acervo, com itens cedidos pela comunidade. Além da música, ele também se dedicou ao paisagismo.
Segundo Gilberto Sant’Anna, o livro do professor Hermes traz um “texto leve, saboroso, arguto e inteligente, além da edição gráfica primorosa. As nossas idades quase iguais relembram fatos do cotidiano juvenil que presenciei, se não em Monte Azul, aqui em Atibaia. A procura de melhores oportunidades na cidade de São Paulo nos apresentou a idênticos espaços e a personagens virtuosos. Um mesmo enredo. Quem não viveu, viverá nas trezentas páginas de bom gosto à disposição dos leitores”.