Saneamento básico tem o S de saúde e serviço público

Em Atibaia, investimentos na área garantem qualidade de vida à população.

 

 

Ter acesso ao saneamento básico é imprescindível para o desenvolvimento social e econômico de qualquer sociedade. A saúde da população é a maior prejudicada pela falta de saneamento, visto que muitas doenças estão vinculadas à água sem o devido tratamento ou pelo contato direto com o esgoto. Assim, acredita-se que o S do saneamento básico está atrelado diretamente a saúde de todos e ao serviço público de qualidade aos moradores.
Diarreia, leptospirose, cólera, dermatite, gastroenterite e verminose são alguns exemplos de doenças que facilmente atingem as pessoas pela falta do saneamento básico. Segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos da ONU (Organização das Nações Unidas), 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em saneamento básico.
Eduardo Caldeira, diretor da Atibaia Saneamento, empresa responsável pela coleta e tratamento do esgoto na cidade à serviço da SAAE e que pertence ao grupo Iguá Saneamento, afirma que a empresa vem investindo no sistema de esgotamento sanitário da cidade há alguns anos, já são cerca de R$ 60 milhões para garantir mais saúde e qualidade de vida a todos em Atibaia. “Temos obras de implantação de redes e ligações de esgoto, coletores tronco, construção e reforma de estações elevatórias, além da ampliação e modernização da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Estoril. No Caetetuba, a construção da nova ETE atenderá 25 bairros beneficiando mais de 40 mil moradores com tratamento de esgoto. Tudo isso se reflete em oferta de saúde aos moradores de Atibaia”, afirma Caldeira.
O mercado de trabalho também é afetado pela falta dos serviços básicos de saneamento, segundo dados do Instituto Trata Brasil, 74,6 mil internações seriam evitadas se 100% da população tivesse a coleta de esgoto. Além do comprometimento da saúde, as internações implicam ainda na ausência de funcionários no trabalho, baixa produtividade e possivelmente demissões, agravando o quadro de desemprego. Ainda segundo o relatório da ONU, citado acima, 38% das instalações de assistência médica em 54 países não têm acesso a fontes básicas de água e cerca de 20% delas não dispõem de uma infraestrutura primária de saneamento.
Em Atibaia, no período de 2013 a 2019, foram registradas apenas 10 mortes relacionadas a doenças diarreicas, segundo o DATASUS. “A diarreia é uma doença grave responsável pela morte muitas crianças todos os anos. É uma das doenças que mais mata entre meninos e meninas de 1 mês até 5 anos em todo mundo. Como principal causa da doença, podemos citar a questão da falta de saneamento básico. Não havendo condições de higiene adequadas, água de boa qualidade e destinação correta do esgoto, os casos de diarreia podem ter um crescimento exponencial, especialmente entre as crianças”, afirma a Pediatra, Dra. Camillle Donnabella.
A SAAE, empresa responsável pelo saneamento básico na cidade, contribui diretamente com esses dados de saúde. Atualmente a companhia trata, segundo o SNIS, 96% da água ofertada no município. “A entrega de água de qualidade, assim como esgoto destinado adequadamente e lixo coletado, são fundamentais para a qualidade de vida da cidade, tanto que, além dos investimentos no esgotamento, estamos em obras com a nova Estação de Tratamento de Água (ETA) que terá um moderno sistema de trabalho e uma vazão de até 700 litros por segundo, o que representa praticamente o dobro da capacidade de tratamento de água atual (400 l/s) no município”, explica Fabiane Santiago, Superintende da SAAE.
Para o diretor administrativo financeiro da Atibaia Saneamento, Mateus Banaco, de fato, o S do saneamento básico está atrelado com a saúde e o serviço prestado à população, pois o investimento no setor faz parte do alicerce que dá sustentabilidade ao desenvolvimento social e econômico e, consequentemente, na melhoria de vida dos cidadãos. “Nenhum país que almeja destaque positivo no cenário econômico mundial pode ignorar a urgência desse setor. Diferentemente de outros municípios que pouco investem nessa área, aqui em Atibaia, trabalhamos diariamente para atingir a meta de 100% de esgoto tratado o quanto antes”, conclui Banaco.