Ministério da Saúde adquire mais 4,3 mil respiradores pulmonares

O contrato para aquisição foi assinado hoje com empresa brasileira Intermed. Agora, são 10.800 equipamentos já adquiridos de empresas brasileiras. Foto ilustrativa

O Ministério da Saúde assinou, nesta segunda-feira (13/04), contrato para aquisição de 4,3 mil ventiladores da empresa brasileira Intermed Equipamento Médico Hospitalar. O investimento federal para a aquisição dos equipamentos é de R$ 258 milhões. Com esta nova compra, o Governo do Brasil totaliza 10.800 ventiladores pulmonares obtidos desde o início da emergência em saúde pública devido à pandemia por coronavírus. Os ventiladores ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos e seu uso é indicado nos casos graves de coronavírus (COVID-19), que apresentem dificuldades respiratórias.

“Esse foi o segundo contrato firmado com uma empresa nacional. Esperamos que os produtores nacionais possam se organizar para ampliar o fornecimento de equipamentos médico-hospitalares”, disse o secretário-executivo, João Gabbardo.

Na semana passada, o Ministério da Saúde já havia assinado contrato para a compra de 6.500 respiradores de outra empresa com produção nacional, a MagnaMed. No final de semana, o Governo do Brasil distribuiu outros 60 respiradores para três capitais do país que estavam precisando ampliar com urgência o número de leitos de tratamento intensivo para atender os doentes de COVID-19. Foram distribuídos 30 respiradores para Fortaleza (CE), 20 para Manaus (AM) e 10 para Macapá (AP). Esses equipamentos fazem parte das requisições administrativas feitas às empresas exportadoras.

A distribuição levou em conta aquilo que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chama de “espiral” da epidemia, isto é, onde a transmissão está se dando em velocidade maior e, portanto, mais doentes indo aos hospitais ao mesmo tempo e ocupando toda a capacidade de assistência do sistema de saúde.

Também nesta segunda-feira (13), a Receita Federal requisitou administrativamente outros 13 respiradores, que deverão ser distribuídos aos serviços de saúde, conforme necessidade.

O Ministério da Saúde, de forma emergencial, realizou a locação de 540 leitos de UTI volantes, de instalação rápida. Deste total, 340 já foram entregues em 11 estados do país. Cada um destes leitos possui um respirador.

Desta forma, considerando as novas aquisições e o que já foi disponibilizado para os serviços de saúde, chega a 11.213 a quantidade de respiradores que devem fortalecer a rede pública de saúde no atendimento a pacientes infectados por coronavírus.

 

ESTRUTURA DO SUS

O Brasil possui 65.411 respiradores pulmonares, sendo que 46.663 estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a oferta de leitos (respiradores fazem parte dos kits) em expansão mais equipamentos respiradores estão sendo disponibilizados aos estados.

Para reforçar as ações do Governo do Brasil no enfrentamento do coronavírus e auxiliar no fomento do desenvolvimento da indústria brasileira, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) vem realizando o conserto de ventiladores pulmonares que estavam nos hospitais com problemas de manutenção. A expectativa é de que sejam consertados entre 3.500 e 4 mil aparelhos por técnicos e voluntários capacitados pelo SENAI para o serviço.

“Apoiamos a iniciativa, que já recebeu 599 ventiladores para conserto. Desses, 90 estão em calibração e 100 foram reparados e devolvidos aos hospitais com o apoio do Ministério da Defesa, responsável pela logística e transporte”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.

A Iniciativa + Manutenção de Respiradores é uma rede voluntária para realizar a manutenção de respiradores mecânicos que estão sem uso, a fim de ajudar no tratamento de pacientes com a COVID-19. A rede voluntária é formada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Vale e Volkswagen do Brasil.

Por Silvia Pacheco, da Agência Saúde