Eleições deste ano serão grande teste para redes sociais

As eleições municipais de 2020, cujo primeiro turno ocorre em 4 de outubro, serão grande teste para as redes sociais, que viraram a coqueluche e o principal motivo de preocupação para os políticos por conta das campanhas de difamação e das fake news, as notícias falsas. Eleitores: Atibaia, com menos de 200 mil habitantes, só terá primeiro turno.
Na linha de raciocínio de vários artigos que escrevi aqui nesta coluna, caberá mais uma vez à imprensa escrita demonstrar sua seriedade e seu papel importante na comunicação e no jogo político. Como? Fazendo o trabalho de checagem de fatos, comparando as rivalidades virtuais com os dados reais da cidade, não se desviando do interesse popular diante dos discursos, muitas vezes vazios, dos candidatos, tanto ao Legislativo quanto do Executivo, entre outras atitudes salutares.
As equipes de campanha dos candidatos não poderão mais “projetar popularidade” no vazio, como costumam fazer. O que quero dizer com isso? Os marqueteiros são bons de lábia, mas geralmente falta conteúdo em grande parte de suas estratégias, principalmente quando não contam com bons jornalistas. O barulho das redes sociais não será suficiente.
Na Folha de S. Paulo de 31 de janeiro, li matéria sobre avaliação mais científica das redes sociais. Em outras palavras, o cerco aos “barulhentos” está se fechando e a gestão de imagem poderá fugir de suas mãos. A consultoria Quaest elabora desde o ano passado o IDP (Índice de Popularidade Digital). O levantamento considera cinco dimensões: fama dos personagens públicos (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamento das pastagens), valência (reações positivas e negativas às postagens) e presença (número de redes sociais em que a pessoa está ativa). São observadas essas variáveis nas três plataformas (Facebook, Instagram e Twitter) em análises mensais.
Este me parece um divisor de águas na valorização ou desvalorização das redes sociais. Ou seja, um antes e um depois do que, até aqui, foi um tiroteio meio sem direção. Será também uma forma de constatarmos se determinado personagem cresce em popularidade por conta de componentes emocionais ou devido à agenda política convencional. Neste jogo, transparência, prestação de contas e pendências pessoais ou públicas na Justiça farão total diferença. Boa sorte a todos os envolvidos! Vou acompanhar de perto, mas em camarote bem confortável.

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