Atibaia obtem nota 9,8 para destinação de lixo para aterros

Atibaia recebeu notas altas em Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos e é considerada cidade com condições adequadas.

O Atibaiense – Da redação

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos referente a 2018 e Atibaia aparece entre os municípios que apresentam condições adequadas de destinação dos resíduos sólidos urbanos. A nota da cidade ficou em 9,8, em escala de 0 a 10.

Pelo estudo, elaborado pelos técnicos da Cetesb, Atibaia tem obtido notas altas no chamado Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos. O município tem apresentado notas altas desde 2011. Em 2017 e em 2018 as notas foram 9,8.

Os dados analisados são a qualidade dos aterros, se o município está enquadrado em algum TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e se o aterro para o qual destina os resíduos sólidos tem licenças de instalação e de operação. Atibaia não tem nenhum TAC (o que seria negativo) e envia seus resíduos para aterro particular, com condições consideradas pela Cetesb como adequadas. Por isso recebe as notas altas.

A quantidade de resíduos sólidos urbanos produzidos por dia no município também está dentro da média que a Cetesb considera adequada. Em 2018 a cidade estava destinando 115,83 toneladas de lixo por dia para aterro.

DADOS DO ESTADO

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 612 descartaram seus resíduos sólidos urbanos, em 2018, em aterros classificados como adequados pela Cetesb) O número, equivalente a 95,6%.

O estudo indica que em 2018, 97,8% das 40,7 mil toneladas geradas diariamente no Estado foram dispostas em aterros avaliados como adequados – ou seja, que atendem às especificações técnicas da companhia para descarte e manejo correto, como questões de engenharia e de localização geográfica.

“Em fevereiro criamos na Secretaria o Comitê de Integração de Resíduos Sólidos para trabalhar de forma regionalizada soluções definitivas para separação e reutilização dos resíduos sólidos urbanos no Estado”, explica o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

A população urbana atendida por aterros com disposição adequada, entre 2011 e 2018, passou de 81,8% de habitantes servidos para 97,5%.

“A melhoria das condições ambientais nas áreas para disposição de resíduos se deve ao conjunto de ações de controle e às políticas públicas exercidas pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e a Cetesb. O foco é erradicar a disposição inadequada no Estado e aprimorar as ações técnicas, para obter uma evolução significativa nos resultados”, explica a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.

Foram desconsiderados no levantamento os municípios de Arapeí e Bananal, que dispuseram seus resíduos em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, Casa Branca e Igarapava, que encaminharam para Uberaba, Minas Gerais, e Ribeira, que destinou para Rio Negrinho, Santa Catarina.

O aporte de recursos de programas com financiamento governamental como Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop) e o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), contribuem para a solução dos problemas ambientais e sanitários no Estado.

SOBRE O INVENTÁRIO

A Cetesb, desde 1997, disponibiliza anualmente, para população, informações sobre as condições ambientais e sanitária das áreas de destinação final de resíduos sólidos urbanos nos municípios paulistas, publicadas no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos.

A presente edição reflete as condições ambientais dos sistemas em operação de compostagem e de disposição final de resíduos em aterro, a partir de dados coletados e consolidados até 2018, em cada um dos 645 municípios do Estado.

O método utilizado para avaliação foi o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – IQR, oficializado no Inventário de 2012. A metodologia agrega novos critérios de pontuação e classificação dos locais de destinação, incorporando o conhecimento e a experiência adquirida ao longo dos 50 anos da Cetesb.

As informações coletadas nas inspeções realizadas pelos técnicos foram processadas a partir da aplicação de um questionário padronizado, que avalia as características locacionais, estruturais e operacionais das instalações de compostagem de aterros.

Com a publicação do Inventário, atesta-se que os decorreres dos últimos 22 anos foram alcançados melhorias substanciais nas condições ambientais dos locais de destinação final de resíduos urbanos no Estado.

Destaca-se, a evolução da quantidade de resíduos sólidos dispostos adequadamente, que passou de 84,7% do total gerado, em 2011, para 97,8% em 2018.

 

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