Prefeito Emil Ono fala de conquistas e desafios ao final do seu segundo ano de governo

“Conseguimos reestabelecer uma articulação política do município com o Governo do Estado, que resultou em recursos importantes para a cidade”.

O Atibaiense – Da redação

No final do segundo ano do seu mandato, o prefeito Emil Ono concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O Atibaiense, falando sobre as principais conquistas e desafios enfrentados em seu governo.

Como você avalia seus dois primeiros anos de governo? Quais foram as principais conquistas nos dois primeiros anos?
Avalio como muito positivos. Após um ano da pior fase da pandemia de Covid-19, Atibaia se manteve em pleno desenvolvimento, se destacando como a cidade que mais gerou emprego na região e com saldo positivo de mais de 8.700 empresas abertas, de janeiro de 2021 a outubro de 2022. Recebemos o título de Capital Nacional do Morango, o que demonstra a força da nossa agricultura; e fomos eleitos o melhor destino para o turismo de negócios e eventos do estado de São Paulo.
Conseguimos reestabelecer uma articulação política do município com o Governo do Estado, que resultou em recursos importantes para a cidade, além da conquista de uma unidade da FATEC, o que certamente é a maior conquista do nosso governo. Afinal, é uma universidade de ponta, que formará mão-de-obra qualificada para o mercado de trabalho de Atibaia e de toda a região. Concluímos as obras do governo anterior, como a Lucas e a Jerônimo; entregamos duas novas creches; distribuímos 10 mil tablets para os alunos da rede; continuamos o processo de pavimentação dos bairros, investindo mais de R$ 52 milhões em 15 localidades diferentes; avançamos na estruturação turística da Pedra Grande, com início em breve da pavimentação da estrada até a Pedra e investimento de mais de R$ 30 milhões pela iniciativa privada na construção da ponte de vidro (skyglass), um equipamento que certamente será um grande atrativo para a região Sudeste do país.
Além disso, demos início ao processo de modernização administrativa e tecnológica da Administração Municipal, com a contratação de uma empresa que vai nos apresentar estudos para a modernização dos sistemas de gestão, que também vai possibilitar que os cidadãos tenham mais facilidade na relação com os diversos setores da Prefeitura de forma remota. E tem também a própria reforma administrativa dos servidores, que está em curso e deve proporcionar maior perspectiva profissional para os servidores municipais.

Atibaia avançou muito nos últimos anos, mas pensando no futuro, a nova rodoviária, o hospital municipal e até um campo de futebol adequado para a cidade podem sair do papel?
O Hospital Municipal está, infelizmente, com a obra embargada pela Justiça. Não fosse isso já estaria pronto. Mas, paralelamente, conseguimos fazer ajustes importantes na Santa Casa, tanto administrativos – que colocaram toda a contabilidade em ordem -, quanto operacionais, com investimentos para melhorar e ampliar o atendimento aos munícipes. Essa é uma questão prioritária para o município, pois hoje atendemos a uma demanda regional e nunca foi articulado financiamento para custear essa demanda. Estamos nesse processo de articulação, arrumando a casa.
Entendo que a nova rodoviária é um equipamento importante desde o ponto de vista logístico e de mobilidade urbana. Com o tempo, a rodoviária atual ficou mal localizada, travando muito o trânsito na região central. E a construção de um novo terminal está prevista numa linha de financiamento que vamos conseguir junto ao FONPLATA.
Quanto ao campo de futebol, entendo que há outras prioridades mais urgentes para o momento, nas áreas da saúde e da educação, mas sua concretização está sendo reavaliada por nossa equipe de governo.

O que esperar de 2023, com um orçamento de mais de R$ 1 bilhão? Quais as principais obras que podemos esperar para 2023?
Para 2023 temos muita coisa boa para acontecer. Vamos construir a FATEC e concluir o CIEM III, na região do Caetetuba, além de efetivar o processo de modernização tecnológica da cidade e da Prefeitura, caminhando para construirmos uma cidade inteligente, com amplo acesso dos serviços ao cidadão.
Vamos construir novas unidades de saúde na Usina e na região do complexo Jerônimo de Camargo e vamos tentar viabilizar junto ao governo federal uma outra passagem que liga o Jardim Imperial ao centro da cidade.
Outro investimento importante, e aqui quero anunciar, é que conseguimos R$ 40 milhões do governo federal para investir em um centro de abastecimento regional do produtor rural. Esse recurso devemos também utilizar para investir no Parque Cidade do Morango, que ajudará a alavancar, em muito, nossa economia e nossa receita. Além de investir na pavimentação das vias para melhorar o escoamento da produção agrícola.
E, claro, esperamos que seja resolvida a questão envolvendo o Hospital Municipal, para darmos início a sua construção.

As promessas de campanha estão sendo cumpridas? Quais as principais metas que ainda faltam acontecer?
Sim, estamos cumprindo grande parte das promessas de campanha e as ações e obras que estão por vir praticamente entregam tudo o que pactuamos com a população. Só pelo financiamento que estamos pleiteando junto ao FONPLATA, temos obras de grande impacto, como o sistema de contenção de enchentes na Av. Dr. Joviano Alvim; canalização e revitalização dos córregos da Figueira, Ana Pires, Folha Larga e do Onofre; implantação do Parque da Juventude e implantação do Parque Linear (Folha Larga); intervenções expressivas em infraestrutura e mobilidade urbana, como: duplicação da Av. Brasil – Jardim Estância Brasil; revitalização da Av. Copacabana; e construção da Rodoviária do Estoril; e ações impactantes na área de infraestrutura administrativa, como: implantação do Bolsão de Negócios dos Produtores Rurais (Estoril); revitalização e expansão do Abrigo Animal Municipal; e implantação e infraestrutura poliesportiva nos bairros do Tanque e do Portão; além de mais pavimentação.
O contato com o governo do Estado melhorou com o Rodrigo Garcia. Já há alguma conversa com o novo governador Tarcísio?
Sim, como disse no início, reestabelecer a relação com o Governo do Estado é fundamental para que a cidade conquiste recursos para investimentos. Infelizmente, nos últimos anos, prevaleceu uma briga sem sentido, em que a cidade padeceu. Fomos preteridos na destinação de recursos e quem sofreu com as consequências foi a população. Tenho conversado e aberto muitas possibilidades com o governador eleito, Tarcísio de Freitas, e tenho certeza que será uma relação profícua, que terá como objetivo a melhoria da qualidade de vida da população.

A verticalização é sempre um tema recorrente nas conversas, como isso está sendo tratado pelo seu governo?
Estamos prestes a aprovar o novo Plano Diretor, que criará uma regra de transição entre a atual e a futura Lei de Uso e Ocupação do Solo, cuja elaboração será amplamente discutida com a cidade. Penso que a verticalização é um processo irreversível, em razão do crescimento natural da cidade e sua proximidade com os grandes centros. Mas ela deve ser organizada, com definição dos locais mais propícios e a aplicação dos instrumentos de política urbana, o que deverá ocorrer na próxima Lei de Uso e Ocupação do Solo, mas que já tem previsão no texto do Plano Diretor.

Com relação ao governo federal, considera que pode ter abertura para conversa visando a vinda de programas e verbas?
Sim, evidentemente. A base política que me elegeu no município é bastante ampla e temos bons interlocutores, além do que me relaciono muito bem com vários partidos que compõem a base de apoio do governo federal que será estabelecido em primeiro de janeiro. Tenho certeza de que não teremos dificuldades e que as perspectivas também são muito boas.

A obra da nova estação de tratamento de água será finalizada em 2023?
Sim, é uma prioridade para o governo e para a cidade. Estamos na fase final, mas é uma obra bastante complexa, que já dura quase dez anos e precisa ser concluída para dar maior tranquilidade para uma cidade como Atibaia, em pleno desenvolvimento, já que vai dobrar a capacidade de abastecimento, garantindo água tratada para os próximos 20 anos.

Para o Ano Novo a Prefeitura prepara algum show especial para a virada?
Todas as nossas ações são planejadas com antecedência e resolvemos não promover um show com grande aglomeração tendo em vista a disseminação da nova variante da Covid-19 nos últimos meses. De 72 casos em outubro saltamos para mais de mil em novembro. Não tínhamos como fazer um show de grande porte frente a esse cenário.