Se toca, menina: prevenção ao câncer de mama

Passo a passo para identificar e prevenir o avanço do câncer de mama durante o outubro rosa e o ano inteiro.

Por Anna Luiza Calixto

Dados do Ministério da Saúde informam que um em cada três casos de câncer pode ser curado caso seja descoberto logo no início. Pondo em pauta o de mama, é válido colocar que o mesmo costuma apresentar sinais em suas fases iniciais, e, assim sendo, identificá-lo precocemente é uma das formas de enfrentar e progredir para uma melhora do quadro.
Para além de identificar a doença no início, recomenda-se entender como funciona o câncer de mama. O tumor resulta de uma multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor local com potencial para invadir outros órgãos. Há vários tipos da doença e alguns se desenvolvem rápido, enquanto outros são mais lentos.
De que maneira, portanto, pode-se identificar o câncer de mama? Todas as mulheres podem e devem conhecer bem as próprias mamas para entender quando há algo fora do comum. O sintoma de mais simples identificação são os caroços na mama acompanhados ou não de dor. O autoexame é uma ferramenta muito simples e indicada para o autoconhecimento. No caso de mulheres que menstruam, indica-se que ele deve ser feito sete dias após a menstruação. Já para aqueles que não menstruam, deve-se escolher sempre o mesmo dia do mês, como um padrão.
Os sinais visíveis que podem indicar a presença do câncer de mama são, por exemplo, a pele da mama avermelhada e endurecida; áreas estufadas ou a retração do bico do seio; feridas que não cicatrizam e coceiras que não melhoram; saída de líquido do bico do peito na cor vermelha ou transparente, ou, ainda, o local endurecido.
Ainda que não haja sinais ou sintomas aparentes do câncer de mama, [e um direito e uma responsabilidade para nós, mulheres, de consultar com certa periodicidade o ginecologista. As consultas de rotina são fundamentais. Portanto, não vale deixar para depois aquilo que o autoexame não substitui! O exame clínico, realizado por um profissional treinado, deve ser feito anualmente após os 40 anos, assim como a mamografia.Além disso, se uma pessoa da sua família já teve câncer na mama ou no ovário, fique atenta, pois a atenção deve ser redobrada. Nesses casos, médicos costumam solicitar o exame clínico e a mamografia mais cedo, após os 35 anos.
Para prevenir o câncer de mama, também é preciso prestar atenção aos fatores de risco. O primeiro é pura e simplesmente ser mulher. Mas não são só elas que estão sujeitas a desenvolver a doença. Cerca de 1% dos pacientes são homens. Além disso, a cada aniversário, você estará mais propensa a ter câncer de mama. Outros fatores de risco são a obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa; sedentarismo; o consumo de bebida alcoólica; primeira menstruação precoce, antes do 12 anos;não ter tido filhos; não ter amamentado; parar de menstruar após os 55 anos; ter feito reposição hormonal após a menopausa, principalmente por mais de cinco anos; alterações genéticas; exposição frequente a raios-X.
Há uma série de recomendações, assinadas pelo Ministério da Saúde1, para a prevenção ao câncer de mama: não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso corporal adequado, montar um prato bem colorido durante as refeições e praticar atividades físicas (qualquer exercício que movimento seu corpo). Tais orientações podem ser suas aliadas para evitar uma doença que é grave e pode ser recorrente.
O outubro é rosa, mas a pauta se estende com a mesma periodicidade do autoexame: durante o ano inteiro. Previna-se através do autoexame e oriente outras mulheres a fazer o mesmo: se toquem, meninas! Se lembrar é combater, esquecer é permitir.