Carros e motos fazem frota de veículos disparar em Atibaia

O ano que registrou maior crescimento de carros, no entanto, foi 2021, com relação a 2020, com 1.852 automóveis a mais no período de um ano.

O Atibaiense – Da redação

Foto/Canva

A frota de Atibaia chegou a 131.238 veículos em março de 2023, o que representa 4.822 veículos a mais que no mesmo mês de 2022. Os carros e as motos lideram o crescimento. Em um ano, cidade ganhou 1.766 novos carros e 1.473 novas motocicletas e motonetas.
Dados divulgados pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) também mostram que caminhonetes, camionetas e utilitários estão aumentando na cidade. As caminhonetes e camionetas ganharam 790 novos veículos em um ano e os utilitários, 245.
Em 2022 o crescimento foi ainda maior, em comparação com o ano de 2021. A frota total ganhou 5.114 veículos. Foram 1.724 carros a mais, 1.328 motos e motonetas, 800 caminhonetes e camionetas e 365 utilitários.
O ano que registrou maior crescimento de carros, no entanto, foi 2021, com relação a 2020, com 1.852 automóveis a mais no período de um ano. Já os demais veículos não tiveram alta tão expressiva no período. No total, de 2020 para 2021 Atibaia ganhou 3.787 novos veículos. Motos e motonetas foram 772 a mais; caminhonetes e camionetas, 388 e utilitários, 173.
De março de 2020 até março de 2023, Atibaia recebeu 13.723 novos veículos em sua frota. Atualmente, são 74.608 automóveis, 29.802 motocicletas e motonetas, 16.257 caminhonetes e camionetas e 2.222 utilitários. Há ainda 2.798 caminhões, 1.015 caminhões trator, 115 ciclomotores, 429 microônibus, 317 ônibus, 1.597 reboques, 1.983 semi-reboques, oito sidecars, 21 classificados como outros, 37 tratores com rodas e 29 triciclos.
O crescimento da frota de veículos faz aumentar a arrecadação de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor), o que colabora com o orçamento municipal, aumentando os investimentos na cidade.
Para se ter uma ideia, a transferência do Estado para Atibaia foi de R$ 35,5 milhões em 2020, passando para R$ 38,6 milhões em 2021, para R$ 51 milhões em 2022 e, em 2023, de janeiro a março, já são R$ 38,7 milhões. O valor do IPVA que vem para o município corresponde a 50% do arrecadado. A outra metade fica com o Estado.
Apesar de mais dinheiro para investimentos, é preciso considerar a necessidade de projetos para a mobilidade urbana.
O aumento da frota de veículos pode ter consequências negativas para a mobilidade urbana. O tráfego não é tão intenso como em grandes metrópoles, mas ainda pode haver problemas de congestionamento em áreas específicas, especialmente durante os horários de pico. E Atibaia já vive essa realidade em diversos pontos.
A pressão sobre o transporte público é outra questão a ser debatida. Com a demanda menor, já que pessoas têm cada vez mais carros e motos, pode haver a redução de linhas de ônibus, afetando quem depende do transporte público como única opção de deslocamento, incluindo pessoas de baixa renda e idosos.
Atibaia deve considerar ainda qual o impacto para a poluição sonora e do ar, especialmente em áreas com tráfego intenso. O barulho dos motores dos carros e a emissão de gases poluentes podem prejudicar a qualidade de vida.
Obras viárias que atendam ao crescimento são cruciais, assim como o incentivo a meios de transporte alternativos, como bicicletas e transporte público.