Festas contrariam determinações da quarentena em Atibaia
Moradores do Jardim Paulista se queixam de festas barulhentas, que contrariam a legislação do silêncio e as medidas contra a pandemia do coronavírus. Foto ilustrativa
Moradores do Jardim Paulista procuraram a assessoria da Câmara nesta semana para apresentar queixa sobre festas barulhentas que acontecem no bairro, especialmente nas noites de sexta e sábado. Segundo seu depoimento, essas reuniões acontecem em residências, com som alto, conversas e discussões, que se estenderam até 3h30 da madrugada no último sábado, 4 de abril.
Além de contrariar a legislação de silêncio, os grupos estão desrespeitando as regras estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde para este período de quarentena. Ou seja, as concentrações de qualquer tipo podem propagar a doença e estão suspensas. Adultos, homens e mulheres, participam das citadas festas de final de semana no Jardim Paulista, em região próxima ao córrego que deságua no lago, encontrando mais abaixo as águas do Jardim do Lago.
Esse trecho do bairro tem em sua geografia vias como a rua Sempre Viva e a avenida Santa Bárbara, além de transversais como a Magnólia e a Tulipa. Pela altitude desse núcleo urbano, o ruído é projetado para todo o vale do lago, incomodando centenas de moradores.
“O clima não é familiar, pelos gritos, pelo tipo de música popular. Aparentemente, não são comemorações de aniversários, mais normais no bairro. São festas para extravasar sentimentos negativos. Não é o que precisamos neste delicado momento que atravessa o Brasil e o mundo, sob a pressão da pandemia do coronavírus. Precisamos de silêncio para descansar e podermos atravessar esse tempo difícil”, comentou um dos reclamantes, preocupado com a eventual presença de dependência química e atitudes ilícitas nos tais “eventos”.
Os cidadãos pediram o apoio dos vereadores, da Guarda Civil, da Polícia Militar e de setores da Prefeitura como a Defesa Civil, o Departamento de Meio Ambiente e a Vigilância Epidemiológica. Apostam mais na consciência dos envolvidos e não querem sobrecarregar com novas demandas as autoridades policiais e municipais.