Atibaia bate novo recorde na arrecadação com IPVA em 2024

Cidade tem apresentado aumento da arrecadação com o imposto ano a ano e mesmo com frota menor que a de Bragança Paulista, arrecada mais que o vizinho.

 

O Atibaiense – Da redação

Nos últimos anos, Atibaia vem apresentando aumento na arrecadação com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e já supera Bragança Paulista, cuja frota é maior. Isso significa que o município pode ter veículos mais novos e caros que a cidade vizinha.
Dados da Secretaria da Fazenda de São Paulo mostram que em janeiro de 2024, o repasse de IPVA para Atibaia foi de mais de R$ 24,6 milhões. Em Bragança Paulista, foram R$ 23,1 milhões. A diferença é de R$ 1,5 milhão.
Em 2023, já havia diferença entre os municípios. Em janeiro do ano passado Atibaia arrecadou R$ 23,5 milhões e Bragança, R$ 21,9 milhões.
O que chama a atenção é que a frota vizinha é maior que a de Atibaia. Em dezembro de 2023, dado mais recente do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Bragança Paulista tinha 13.918 veículos a mais que Atibaia.
Em Bragança, eram 148.775 veículos no último mês do ano passado. Em Atibaia, eram 134.857. O total de automóveis chegou a 82.365 na cidade vizinha e a 76.037 em Atibaia. Já motos teve frota registrada em 31.749 unidades em Bragança e 26.322 em Atibaia.
Do total da frota de Atibaia, há ainda 2.859 caminhões, 1.018 caminhão trator, 10.767 caminhonetes, 6.148 camionetas, 135 ciclomotores, 429 microônibus, 4.392 motonetas, 288 ônibus, 1.695 reboques, 2.257 semi-reboques, 8 sidecar, 25 outros, 52 tratores rodas, 34 triciclos e 2.391 utilitários.
Com relação à arrecadação, há uma evolução em Atibaia nos últimos anos. Em 2018 foram R$ 11,1 milhões em janeiro (mês que representa o maior montante do ano), em 2019, subiu para R$ 12 milhões. Já em 2020, valor chegou a R$ 13,2 milhões; em 2021, a R$ 14,7 milhões; em 2022, R$ 17,3 milhões; em 2023, saltou para R$ 23,5 milhões e, este ano, fechou em R$ 24,6 milhões.
O valor do IPVA que vem para o município representa 50% do arrecadado. A outra metade fica com o governo do estado.
Se for confirmada a projeção da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), para 2024, é estimado um aumento de 6,1% no emplacamento de veículos leves e pesados, além de aumento nas exportações de 0,7%. Em 2023, o emplacamento de veículo leves cresceu 9,7% em comparação com o ano de 2022. Foram emplacados mais de 2,3 milhões de veículos.
Balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostra que as vendas de veículos automotores em todo o país cresceram 12,02% em 2023 na comparação com 2022.
No ano passado, foram emplacadas 4.108.041 unidades contra 3.667.325 de 2022. Quase todos os segmentos fecharam o ano com alta: automóveis (9,13%) comerciais leves (20,44%), ônibus (12,63%) e motos (16,10%). Apenas o setor de caminhões terminou o ano com baixa: -16,39%.
Em dezembro, o total de veículos vendidos nas concessionárias foi de 400.020 unidades, o que representa expansão de 10,74% ante novembro (361.222 unidades) e 9,03% na comparação com dezembro do ano anterior (117.909 unidades).
Para a Fenabrave, as vendas globais de veículos devem aumentar 13,54% em 2024, o que totaliza 4.518.871 unidades emplacadas. Para os automóveis e comerciais leves a estimativa é a de aumento de 12%, totalizando 2.440.887 unidades.
A venda de caminhões deve crescer 10%, com 114.571 unidades emplacadas e o segmento de ônibus deve alcançar as 29.546 unidades vendidas, um aumento de 20%. Os implementos rodoviários podem crescer 10%, com 99.296 unidades vendidas. A estimativa para as motocicletas é a de 1.834.571 de unidades comercializadas, o que corresponde a um incremento de 16%.