Parceria de 30 anos uniu comunicação e experiência empresarial em academia

Luiz Gonzaga Neto

A Academia da Paz é resultado de 30 anos de parceria entre duas pessoas muito importantes na minha trajetória – Cynthia Ferrari e Guto Frank, cuja experiência está detalhada em https://www.academiadapaz.com.br/. Conheci o casal há mais de 10 anos em trabalhos e vivências de autodesenvolvimento. A proposta é transformar relacionamentos. Para isso, eles utilizam atendimentos individuais, em grupos, empresas e círculos de paz. Existe também um perfil no Instagram – o academiadapaz.oficial.
Cynthia e Guto trabalham com ferramentas socioemocionais voltadas para casais, empresas, famílias, sócios, líderes e indivíduos. Ela, desde 1990, frequenta grupos com diferentes abordagens terapêuticas focadas. “Em 2011, assumi a gestão de uma ONG e criei, junto com minha equipe, um método de desenvolvimento de habilidades socioemocionais para educadores. Aplicamos em escolas públicas e privadas em diversos estados do país. Foi a semente do método Acordos de Paz, que nasceu em 2017, com base nas formações em Linguagens Colaborativas, Mediação de conflitos, construção de consenso e facilitação de diálogo, Comunicação não-violenta, Círculos de Construção de Paz da Justiça Restaurativa e pós-graduação em Psicologia Transpessoal da Associação Luso-Brasileira de Transpessoal”.
Já Guto tornou-se mediador de conflitos pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, multiplicador em Linguagens Colaborativas e facilitador em Justiça Restaurativa e em CNV (Comunicação Não-Violenta). Após experiência empresarial na área metalúrgica, “comecei minha trajetória como mediador na Promotoria Criminal de Santana/São Paulo e, desde então, venho trabalhando e ministrando grupos para pessoas em situações de conflitos e desafios em seus relacionamentos, e/ou que desejam aprofundar o estudo de si, recebendo ferramentas práticas de transformação consciente e sistêmica”.
A Academia da Paz pergunta: “Você é aquela pessoa que já tentou mudar várias vezes mas vira e mexe cai matando em cima do outro quando se sente ameaçado emocionalmente ou então fica totalmente calado, não se posiciona e engole sapos que ficam remoendo na sua cabeça ? O que eu posso te dizer, por experiência própria é: tem saída! Porque você passou a vida inteira agindo de uma determinada maneira e isso determinou um padrão. Um padrão de comportamento e também um padrão neural! Seu cérebro aprendeu a fazer um determinado caminho neural quando recebia aquele estímulo. Por exemplo: quando alguém grita comigo, imediatamente grito mais alto ainda. Ou: quando alguém grita comigo, fico paralisada, não consigo pensar e acabo ficando muda, não respondo nada. Cada um de nós aprendeu a lidar de maneira única com as situações que envolvem conflitos. Isso porque temos histórias de vida também únicas”.
No perfil do Instagram, o casal diz: aqui você aprende a se escutar e reeduca suas palavras. Num dos posts, eles citam o juiz e desembargador Leoberto Brancher, em encontro de facilitadores dos Círculos da Justiça Restaurativa. “É para isso que trabalhamos – para trazer consciência às nossas emoções, saber onde nascem, o que contam sobre nossa história de vida, como agem à nossa revelia e a partir daí aprender a gerenciá-las. São elas que determinam as nossas conversas – mas a maioria de nós não aprendeu sobre isso. Não conhecemos o lugar onde nascem as nossas palavras mas é através delas que construímos relações saudáveis ou não. Muitas vezes acabamos reféns das palavras emocionais pra logo depois cair no arrependimento, na culpa, no isolamento. E sem perceber, nos desconectamos dos valores que são importantes para a maioria de nós, como respeito, amizade, honestidade, amor”.