Atibaia gera mais empregos que em período pré-pandemia

A soma do saldo de janeiro e fevereiro foi de 584 vagas, com 3.106 novos admitidos e 2.522 demitidos. Resultado é melhor que período anterior à pandemia.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia registrou saldo positivo de empregos durante os dois primeiros meses do ano, de acordo com o Novo Caged, sistema do Ministério da Economia. Em janeiro o saldo ficou em 53 e em fevereiro subiu para 531. O estoque de empregos com carteira assinada no município chegou a 41.441.
O resultado apresentado é melhor que o do primeiro bimestre de 2020, período anterior à pandemia do novo coronavírus. Em janeiro de 2020 Atibaia teve saldo negativo de empregos, ou seja, quantidade maior de demissões que de contratações. O saldo negativo ficou em -3. Em fevereiro de 2020 o saldo foi positivo, com 167, mas valor é bem inferior aos 531 de fevereiro deste ano.
Em janeiro Atibaia registrou 1.363 contratações e 1.310 demissões. Já em fevereiro as contratações alcançaram 1.743 pessoas, com 1.212 demissões.
Os setores que iniciaram 2021 puxando os empregos para cima foram prestação de serviços e indústria. Prestação de serviços teve saldo positivo de 89 vagas em janeiro, subindo para 279 em fevereiro. Já a indústria saltou de um saldo de 32 vagas para 135.
Comércio vem em terceiro, com contratações em fevereiro (98), mas com saldo negativo em janeiro (-72).
Quando analisado o estoque de empregos na cidade, são 41.441 pessoas com registro. Desse total, 17.858 são do setor de serviços. Outros 10.786 estão na indústria e em terceiro vem o comércio, com 9.883. Outros setores, como construção e agropecuária acumulam quantidade menor de ofertas de emprego.
O perfil tanto dos novos admitidos como dos demitidos é parecido em Atibaia. Predominam os empregos para quem tem ensino médio completo. Dos 1.743 admitidos em fevereiro, 1.161 tinham ensino médio completo. Entre os 1.212 demitidos, 760 tinham ensino médio completo.
A maioria dos empregados são jovens de 18 a 24 anos (547), seguidos de pessoas de 30 a 39 anos (479) e pessoas de 40 a 49 anos (290). Outras faixas de idade representam número menor de contratados.
Entre os demitidos, a maioria também é formada por jovens. Foram 371 entre 18 e 24 anos e 231 entre 25 e 29 anos.

TENDÊNCIA DO PAÍS
Atibaia seguiu a tendência do país de geração de emprego no primeiro bimestre. O Brasil gerou 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro deste ano, resultado de 1.694.604 admissões e de 1.292.965 desligamentos de empregos com carteira assinada. O crescimento é o maior para o mês, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O mês de fevereiro, entretanto, não contempla o período de intensificação das restrições das atividades, impostas por diversos estados e municípios para o enfrentamento à nova onda de casos de Covid-19. Nesse sentido, para Guedes, o foco do governo agora deve ser a vacinação em massa da população, “principalmente dos 40 milhões de brasileiros do mercado informal”, que é o grupo mais vulnerável que foi atendido pelo auxílio emergencial do governo federal.
De acordo com o ministro, cerca de 10% das novas admissões, 173 mil vagas, foram no setor de serviços, que é o mais sensível também para a informalidade. “Nós precisamos vacinar em massa para que o brasileiro informal, os quase 40 milhões de invisíveis, não fique nessa escolha cruel entre sair (para trabalhar) e ser abatidos pelo vírus ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, disse.
Com a intensificação da vacinação a partir do próximo mês, segundo ele, a população idosa estará praticamente toda vacinada, “o que significa que deve cair vertiginosamente a taxa de óbitos” por Covid-19 e, então, “podemos pensar no retorno seguro ao trabalho, para que impacto (na economia) dessa vez seja menos profundo do que foi o baque em abril do ano passado”.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 40.022.748 vínculos, em fevereiro, o que representa uma variação de 1,01% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2021, foi registrado saldo de 659.780 empregos, decorrente de 3.269.417 admissões e de 2.609.637 desligamentos.
As estatísticas completas do Caged estão disponíveis na página do Ministério da Economia. Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged.