Com mais de 125 mil veículos na frota de Atibaia motoristas enfrentam muita lentidão

Cidade tem apresentado crescimento anual da frota e as obras viárias já realizadas não foram suficientes para absorver o trânsito.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia somava em janeiro 125.853 veículos na frota, segundo dados do DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito). Somente carros já são 72.640 e as motos vêm em seguida, com 24.539 unidades registradas na cidade. Com tantos veículos nas ruas, os motoristas enfrentam cada vez mais dificuldades para se locomover, com registros de lentidão constante e congestionamentos.

A frota de veículos de Atibaia tem apresentado crescimento expressivo nos últimos anos. Um exemplo desse crescimento é a grande diferença na arrecadação do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) dos últimos anos. Em 2018, foram repassados para Atibaia R$ 31 milhões referentes aos 50% do tributo destinados ao município (outros 50% ficam com o Estado). Em 2019, subiu para R$ 33,2 milhões. Mesmo com as incertezas da pandemia, em 2020 foram R$ 35,5 milhões e em 2021 aumentou para R$ 38,6 milhões.

Neste ano de 2022, em apenas dois meses (janeiro e fevereiro), já foram repassados para Atibaia R$ 23,2 milhões em IPVA e a tendência é de que a arrecadação ultrapasse os valores do ano passado.

O crescimento da frota tem acontecido em um ritmo mais rápido que o de obras viárias e a consequência é o registro constante de lentidão e congestionamentos. Em alguns pontos da cidade, o motorista leva mais tempo do que se fosse fazer uma viagem para algum município vizinho, como Bragança Paulista ou Piracaia.

A região Central há anos sofre com a falta de estrutura viária para comportar o crescimento do número de veículos circulando. No chamado horário comercial, há lentidão e até trânsito parado em muitas vias, especialmente nas ruas José Alvim e Benedito de Almeida Bueno. Trecho da Rua Thomé Franco, próximo às agências bancárias e Mercado Municipal também exige paciência dos motoristas.

Outros pontos têm apresentado também problemas. A Avenida Prof. Flávio Pires de Camargo, na região do Caetetuba, enfrenta problemas nos chamados horários de pico.

Motoristas estão reclamando bastante do acesso da Rodovia D. Pedro I para a Avenida Jerônimo de Camargo próximo ao Guaxinduva. Há registros de trânsito intenso no cruzamento que fica no pontilhão da rodovia.

Ainda na Avenida Jerônimo de Camargo, a região da rotatória em frente ao Fundo Social de Solidariedade sempre apresenta problemas nos horários de maior movimento. Pela manhã, por volta das 7h30, o trânsito de que vem do Brogotá ou da Rodovia D. Pedro I pela Avenida São João apresenta lentidão desde o acesso da D. Pedro até a rotatória. A fila de carros surpreende.

O acesso à rotatória conhecida como do Extra, também a Jerônimo de Camargo, também apresenta lentidão quando o fluxo de veículos é grande.

A maioria dos pontos com lentidão e problemas já é conhecida, mas com a retomada das atividades devido ao controle da pandemia de Covid-19 tornaram-se mais evidentes, especialmente porque o tráfego aumentou. Nos horários de entrada e saída das escolas, sejas públicas ou particulares, desde o retorno total às aulas presenciais já há mais movimento e lentidão, especialmente devido aos pais que param em fila dupla, ou no meio da rua, para embarque e desembarque dos estudantes.

Obras viárias importantes colaboraram com melhorias, como a Alameda Lucas Nogueira Garcez e a duplicação da Avenida Jerônimo de Camargo, mas se o crescimento continuar acelerado, será preciso intervenções maiores.