Descarte adequado do óleo de cozinha evita contaminação no esgoto

Conscientização a respeito da destinação correta pode trazer benefícios para todos.

O óleo de cozinha pode ser um vilão para o meio ambiente e também para a rede de esgoto. Além da contaminação do solo, rios e córregos, o descarte inadequado do ingrediente culinário gera danos e custos adicionais para o sistema de esgoto.Por isso, a Atibaia Saneamento, empresa responsável pelos serviços de esgotamento sanitário na cidade de Atibaia e que mantém uma Parceria Público-Privada com a SAAE, faz um importante alerta para os benefícios que o destino adequado desse líquido pode trazer.
Segundo a Atibaia Saneamento, um dos problemas decorrentes do despejo inadequado do óleo na rede de esgoto é o acúmulo de gordura nas tubulações. Como o óleo vegetal é composto por ácidos graxos e glicerol, ele apresenta densidade maior que a água e possui como característica a insolubilidade, por isso, quando é jogadodireto na pia, acaba criando uma crosta espessa em volta do tubo de esgoto, retendo outras partículas e dificultando o fluxo de coleta.Portanto, o primeiro benefício da conscientização quanto ao descarte adequado é a prevenção de extravasamentos e regresso do esgoto pelos ralos da residência, protegendo contra a odores ruins e a contaminação.Não apenas isso, evita-se também que a tubulação seja foco de pragas causadoras de doenças transmissíveis ao ser humano e aos animais.
Outro fator destacadopelaoperação do grupo Iguá em Atibaiaé que presença de óleo no esgoto afeta diretamente o processo de tratamento dos efluentes coletados. O óleoforma na superfície gordurosa nos tanques, umsubproduto sólido de tratamentoconstituído por materiais não dissolvidos existentes no esgoto. Esse sedimento, conhecido como escuma, dificulta o processo de tratamento nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), além de aumentar, substancialmente, os custos com manutenções corretivas.Portanto, vale lembrar mais uma vantagem: a economia de recursos.
Mesmo não sendo possível determinar precisamente qual a proporção de contaminação de óleo em litros de água, a Associação Brasileira das Indústrias de ÓleosVegetais (ABIOVE) estima que somente 1 litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água. A ABIOVE expõe ainda que apenas 10% do volume de 9 milhões de toneladas de óleo produzidos no Brasil são reciclados. “Como cidadãos, somos responsáveis também pelo bom funcionamento do sistema de esgoto e, principalmente,pelapreservação do meio ambiente. Podemos encontrar alternativas para o descarte do líquido, como por exemplo a reciclagem”, comentou o diretor operacional da Atibaia Saneamento, Sérgio Bovo. O gestor salienta caminhos mais sustentáveis como a destinação aos pontos de coleta na cidade, reciclagem do óleo usado e a reutilização para a confecção de sabão, por exemplo, uma opção caseira, fácil e que pode gerar benefícios a longo prazo para toda a comunidade. Em Atibaia, o programa Papa Óleo, uma iniciativa da Coordenadoria Especial de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria de Educação e o Fundo Social de Solidariedade com apoio da SAAE, realiza a coleta e destinação adequada do óleo usado. Para saber mais sobre os postos de coleta, o cidadão atibaiense poderá entrar em contato pelo telefone (11) 4412-8220 ou se dirigir à sede do Fundo Social de Solidariedade, localizada na Av. São João nº 613.