CEJUSC de Atibaia realiza mais uma Oficina de Pais e Filhos

Utilizando o compartilhamento de tela em videoconferência, com fotos, artes e vídeos, as palestrantes abordaram temas como os vários tipos de família.

A Oficina de Pais e Filhos, programa educacional interdisciplinar desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça, realizou mais uma palestra online para casais, mediadores e observadores, no dia 1º de julho. A iniciativa contou com as equipes do CEJUSC de Atibaia e CEJUSC de Jarinu (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania), coordenados pelo juiz dr. Rogério Correia Dias.
As palestrantes foram Vilma Borghi Marcondes Amaral Seixas e Iracema Efraim Sakamoto, ambas com atuação em núcleos de conciliação da Capital, mas com olhar especial ao interior. A convite da unidade local, chefiada por Edson de Oliveira Dorta, o jornal O Atibaiense acompanhou o evento, representado pelo colunista Luiz Gonzaga Neto. O foco da palestra foi a parentalidade, destacando-se a responsabilidade dos pais no momento do divórcio. O objetivo da mediação é contribuir para a reorganização familiar, tornando a separação a menos traumática possível para os filhos.

NÃO EXISTE EX-FILHO
“Existe ex-marido, existe ex-mulher, mas não existe ex-filho ou ex-filha. Não tem como fugir disso. Embora o divórcio seja comum e não extinga a família, ele é difícil”, alertou Vilma Seixas na abertura da palestra. As expositoras lembraram que as Oficinas de Pais começaram em 2004, contando com o empenho da dra. Vanessa Alfiero da Rocha, juíza da 2ª Vara da Família de São Vicente, consciente da importância de se focalizar mais o conflito familiar que o conflito jurídico.
Utilizando o compartilhamento de tela em videoconferência, com fotos, artes e vídeos, as palestrantes abordaram temas como os vários tipos de família, desde os tradicionais aos novos modelos; a incidência de divórcios antes e durante a pandemia; como os pais e os filhos se sentem; a validação dos sentimentos das crianças e adolescentes; a escuta ativa; a comunicação não-violenta; quando procurar ajuda profissional; o que fazer para ajudar os filhos; o conflito intenso dos pais e a necessidade de não arrastar na mesma direção os filhos; a atuação da mediação; e a atuação coordenada dos CEJUSCs.
Em 2019, de três casamentos, um chegava ao divórcio. Antes da pandemia, havia queda no número de separações. Em 2020, registrou-se o maior índice, com aumento de 75%. A Oficina de Pais “se apoia na literatura sobre os efeitos do divórcio e na importância dos pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento. A ruptura dos laços familiares é certamente estressante e traumática para os filhos menores, porém, crises de longa duração podem e devem ser evitadas. Os casais que conseguem lidar de forma positiva com a separação garantem aos seus filhos um ambiente acolhedor e favorecem que eles não apenas sobrevivam, mas amadureçam positivamente após o divórcio”.

JUIZ COORDENADOR
Por fim, o juiz coordenador do CEJUSC Atibaia/Jarinu, dr. Rogério Correia Dias, considerou “a honra – extraordinária – de receber em nossas unidades locais as palestrantes Vilma Borghi Marcondes Amaral Seixas e Iracema Efraim Sakamoto, elas que trataram de assunto tão relevante neste momento. Durante a pandemia, pois, aumentaram sensivelmente os conflitos entre pais separados ou em processo de separação e, além disso, as disputas – cegas, muitas vezes – pela guarda e afastamento dos filhos do convívio paterno, com as mais graves consequências psicológicas para eles”.
O CEJUSC de Atibaia – resultado da parceria entre o Tribunal de Justiça de São Paulo, Prefeitura Municipal de Atibaia e a UNIFAAT Centro Universitário – fica na rua Bartolomeu Peranovich nº 200, centro. Devido à pandemia, fisicamente, encontra-se fechado, mas os trabalhos continuam em plena atividade na modalidade virtual, com realizações de sessões de conciliação e mediação pela plataforma Microsoft Teams, sendo que os contatos podem ser feitos pelo e-mail cejusc.atibaia@tjsp.jus.br.