Em um ano, 3.684 novas empresas são criadas em Atibaia

Mês com maior número de aberturas foi outubro, com 396. Houve no ano passado 1.118 fechamentos.

O Atibaiense – Da redação

Atibaia fechou 2020 com 21.730 empresas ativas, segundo o Mapa de Empresas do Governo Federal. São 21.010 matrizes e 720 filiais no município. Somente no ano passado foram abertas 3.684, sendo outubro o melhor mês.
Os dados mostram, porém, que outras 1.118 empresas fecharam no ano passado. Desse total, 1.063 eram matrizes e 55 filiais.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, os resultados foram melhores que em 2019, quando o município registrou abertura de 3.474 empresas (210 a menos) e o fechamento de 1.298 (180 a mais).
As estatísticas do governo trazem ainda o tempo médio de abertura de uma empresa. Na média, durante 2020, o tempo de abertura em Atibaia foi de três dias e uma hora. O tempo de viabilidade ficou em 14 horas e o tempo de registro em dois dias e 11 horas. Em 2019, era mais lento: o tempo médio de abertura era de cinco dias e 11 horas, o de viabilidade de dois dias e quatro horas e de registro, de três dias e sete horas.
O mês com melhor resultado em 2020 foi outubro, com abertura de 396 empresas; em segundo vem julho com 276. O mês de abril foi o pior, com apenas 185 empresas abertas.
Com relação a fechamentos, janeiro de 2020 foi o mês com mais empresas extintas, sendo 123; em segundo ficou novembro com 115.
Foram divulgados ainda os dados referentes a dezembro, que registrou 267 empresas abertas e 98 extintas. O tempo de abertura de uma empresa em dezembro foi em média de um dia e nove horas. O tempo de viabilidade de quatro horas e de registro, de um dia e cinco horas.
Segundo o Mapa, em Atibaia a grande maioria das empresas abertas ano passado eram MEI (Microempreendedor Individual), com 2.637 registros. Por setor econômico, houve grande diversidade. O maior número foi na categoria promoção de vendas, com 156; seguido de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios com 154; preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente com 147; cabeleireiros, manicure e pedicure com 138; fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar com 120 e obras de alvenaria 116. As outras categorias apresentaram abaixo de 100 aberturas do mesmo setor.
No Brasil, se gasta, em média, dois dias e 13 horas para abrir uma empresa. A redução do tempo no país é recorde se comparado aos últimos meses. Em relação ao quadrimestre anterior, por exemplo, houve uma queda de 11,6%; e em relação ao fim de 2019, de 43%.
“Se nós compararmos com o início desse trabalho, lá em janeiro de 2019, esse tempo médio já foi reduzido pela metade. Então, hoje, em média, no país, se gasta menos da metade do tempo que se gastava no início de 2019 para abertura de uma empresa”, afirmou o secretário especial adjunto da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Gleisson Rubin.
E o Governo Federal trabalha com uma meta. Até o fim de 2022, a abertura de empresas em todo o país deverá ocorrer em até um dia.
“O tempo médio de abertura de uma empresa é uma variável bastante importante porque ela traduz de forma bastante direta o nível de burocracia existente, ou, em outra medida, de que maneira a burocracia vem sendo reduzida, vem sendo combatida no atendimento ao empreendedor que está começando o seu negócio”, ponderou o secretário.

MAPA DE EMPRESAS
O Mapa de Empresas é uma ferramenta disponibilizada pelo Governo Federal de análise de abertura de negócios no país. Fornece indicadores relativos ao quantitativo de empresas registradas e o tempo médio necessário para a abertura de empresas.
Como aponta o Mapa de Empresas, no fim do ano passado, existiam no Brasil 19.907.733 empresas ativas. Em 2020, foram abertas 3.359.750, um crescimento de 6% em relação a 2019. São Paulo é o estado com o maior número de empresas (5,6 milhões), seguido por Minas Gerais (2,1 milhões) e Rio de Janeiro (1,9 milhão).
No Brasil, também como mostra o boletim, há uma forte predominância das atividades do setor terciário da economia. O setor de Serviços é responsável por 46,2% do total de empresas existentes. E o de Comércio, por 34,8%. Logo em seguida, aparecem os de Indústria e Transformação (9,5%); Construção (8,1%) e Agropecuária (0,6%).
Um outro dado do Mapa de Empresas mostra que, ao término do terceiro quadrimestre de 2020, existiam, no país, 11.262.384 Microempreendedores Individuais (MEI) ativos. Entre setembro e dezembro, foram 916.019 novos cadastros, um crescimento de 3,2% em relação ao segundo quadrimestre do mesmo ano.
Durante todo o ano de 2020, o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios foi o setor que mais abriu empresas (200.662) no Brasil. Logo em seguida, aparecem, respectivamente, os setores de promoção de vendas (149.063) e cabeleireiros, manicure e pedicure (134.992).
O Mapa de Empresas também faz menção às cooperativas. Em 2020, foram abertas no país 1.985 empresas desse tipo, uma queda de 19,7% em relação a 2019. Estão ativas no Brasil um total de 33.451 cooperativas.