Frota de veículos Atibaia já ultrapassa os 120 mil

Dados são do Denatran, referentes ao mês de dezembro de 2020. População da cidade é estimada em 144 mil habitantes.

O Atibaiense – Da redação

A frota de veículos de Atibaia chegou a 120.354 unidades em dezembro de 2020, segundo os dados oficiais do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). São 4.012 veículos a mais no município em período de um ano.
Na comparação mensal, entre novembro de 2020 e dezembro de 2020, cidade ganhou 499 novas unidades. Foi o melhor resultado entre um mês e outro. O ano de 2020 chegou a apresentar dados negativos entre março e abril, período em que houve fechamento de todos os comércios não essenciais, devido a pandemia do novo coronavírus.
A frota total em dezembro de 2020 mostrou que Atibaia tem 70.699 automóveis, 23.509 motocicletas, 9.486 caminhonetes, 5.074 camionetas, 3.325 motonetas, 2.681 caminhões, 1.551 utilitários, 1.310 reboques, 1.171 semi-reboques, 560 caminhões trator, 427 micro-ônibus, 381 ônibus, 106 ciclomotores, 38 tratores de rodas, 20 triciclos, oito side-cars e oito classificados como outros.
Apesar de haver crescimento em 2020, ficou menor que o apresentado em 2019, quando entre janeiro e dezembro Atibaia recebeu 4.632 veículos a mais.

VENDA DE VEÍCULOS
A venda de autoveículos teve uma queda de 26,2% no ano de 2020, ao serem licenciados 2.058.437 unidades. No mês de dezembro houve crescimento de 8,4% na comparação com o mês anterior. O último mês foi o melhor em vendas de autoveículos no ano (243.967 unidades), com média diária de 11,6 mil unidades. Na comparação com dezembro de 2019, houve queda de 7,1%, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção chegou a 209.296 unidades em dezembro, o que segundo a entidade, foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios logísticos, das limitações de insumos e dos protocolos sanitários. “A indústria fez um grande esforço para atender a demanda, trabalhando aos finais de semana e suspendendo parte das férias coletivas, mas entra em 2021 com os estoques mais baixos de sua história, suficientes apenas para 12 dias de vendas”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
No acumulado do ano, houve queda de 31,6%, quando comparado às 2.944.988 unidades de 2019 com as 2.014.055 produzidas em 2020. “As quedas acentuadas, mas não tão drásticas como se projetava no início da pandemia. A grande injeção de recursos emergenciais na economia e a força do agronegócio ajudaram a amenizar as perdas do segundo trimestre, quando boa parte das fábricas e lojas permaneceram fechadas”.
As exportações de 324.330 unidades no acumulado do ano foram as piores desde 2002, um retrocesso de quase duas décadas. O número foi 24,3% menor do que o registrado em 2019. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilhões foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilhões).

PREVISÕES PARA 2021
De acordo com o presidente da Anfavea, a entidade continua analisando o ano de 2020 com certa preocupação, mas avalia que os pontos positivos no meio da pandemia, apesar de todas as dificuldades, foram a injeção de liquidez nas linhas de crédito, o abono emergencial e as medidas de flexibilização para as indústrias – como a suspensão temporária dos contratos e a redução da jornada de trabalho. “Tudo isso ajudou a economia de alguma forma e atenuou a queda do PIB (Produto Interno Bruto)”.
Segundo Moraes, ao olhar para 2021 a expectativa é a de que haja crescimento do PIB em torno de 3,5%, o que indica que haverá crédito suficiente para atender o crescimento do mercado. Ele avalia que o mercado trabalhará com um câmbio flutuante e que a confiança do consumidor pode ser prejudicada pela pandemia, o que pode ser revertido com a vacinação da população.
Para o presidente da Anfavea, entre os desafios a serem encarados pelo setor estão a fragilidade do mercado de trabalho, desafio fiscal com a crise da Covid-19, aumento da carga tributária anunciada pelo estado de São Paulo, extensão da crise sanitária, questões de logística e de oferta.
“Nossa estimativa para o setor em 2020 é conservadora, com um crescimento de 15% nos emplacamentos totais, 9% nas exportações, produção com crescimento de 25%. Se percebermos que existe movimento diferente das premissas iniciais, podemos rever e ajustar as projeções”, disse Moraes.

Republicação somente com autorização Lei 9610/98 Direito Autoral.