Corporação Musical precisa agora reformar o telhado antes das chuvas
As obras de reforma na sede da Corporação Musical 24 de Outubro, na rua Álvaro Correia Lima, centro de Atibaia, caminharam bem desde março, quando o jornal O Atibaiense publicou a matéria “Reforma na sede da Corporação Musical chega na etapa do telhado”. A diretoria da entidade estava, naquela altura, precisando da reforma elétrica, depois de superada a etapa em que colunas estruturaram o prédio e estavam superadas a parte hidráulica e a reconstrução da escada. Na metade do ano, a parte elétrica foi feita, com base em doações de profissionais liberais e empresários, tirando aqueles fios expostos e perigosos nas paredes externas da sede.
O prédio está salvo, mas o telhado continua uma preocupação, principalmente agora na primavera, quando anúncios e previsões divisam no horizonte pesadas chuvas na próxima estação, o verão de 2023 para 2024. Ou seja, o Projeto Preservação e Continuidade da Corporação Musical precisa continuar. A Corporação Musical já recebe recursos da Prefeitura desde 2019, via subvenção social, representando o pagamento de apresentações do grupo. Segundo MarceloAlvim, da diretoria da entidade, a parceria com a Prefeitura e outras instituições poderia viabilizar ainda a entrada da sede do grupo musical no circuito cultural de Atibaia, cujo núcleo principal está no centro histórico e centro estendido. Nesse mapa urbano, estão o Cine Itá, o Centro Cultural André Carneiro, o Casarão Julia Ferraz, o Clube Recreativo Atibaiano, a Igreja da Matriz (São João Batista), o Centro de Convenções e o Instituto de Arte e Cultura Garatuja.
HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO
A Corporação Musical 24 de Outubro foi fundada em 30 de janeiro de 1931 por Álvaro Correia Lima, Major Sebastião Teodoro Pinto, Bento Marcondes Escobar, Sílvio Russomano, José Herculano Bueno (Zico Paes) e ainda outros políticos do Partido Democrático. O objetivo era, por seus concertos e componentes, aumentar o prestígio, os comícios e as festas do partido. Fez sua primeira apresentação em 31 de janeiro de 1932, pelas ruas da cidade. Na mesma época, havia a Banda 1º de Março, fundada em 1925, pelo Major Juvenal Alvim, do Partido Republicano Paulista. Criou-se a rivalidade entre as bandas, por serem de partidos políticos opostos; porém, com o fim da Banda 1º de Março, em 1973, os músicos se juntaram à Banda 24 de Outubro, tornando-se uma só e acabando com a rivalidade política.
A Banda teve participação de ilustres compositores que também foram regentes, entre eles Francisco Lamoglie Filho, Pedro Cerbino, Sebastião Florido, Aristides Borghi e Frederico Suppione. O maestro Daniel Guimarães Nery e o artista plástico Márcio Zago pesquisaram a história da corporação que, atualmente, tem como regente o músico Pedro Gomes e é formada por 28 músicos. A declaração de Utilidade Pública chegou em 1963 e, graças aos esforços do baixista Léo Massoni, o terreno doado por Zico Paes foi utilizado para construir a sede. Destaca-se que a sede foi erguida pelos próprios músicos, com a importante contribuição de comerciantes locais, que se sensibilizaram com a ação e doaram materiais de construção.
VEJA COMO AJUDAR
Para doações, os interessados devem utilizar a conta Banco do Brasil Ag 6554-4 C.c 25238-7. O Pix é 51295343/0001-61 (CNPJ).