Atibaia perde Festival de Nanometragem para Franco da Rocha

Em 2023, ocorreria aqui a 10ª edição do festival, criado pela Incubadora de Artistas e voltado a filmes com 45 segundos.

Foto arquivo – Festival de Contis, na França em 2019

A Cultura de Atibaia perdeu o Festival de Nanometragem, único na região no modelo de fomento à produção audiovisual, para a cidade de Franco da Rocha. O alerta foi feito pelo artista plástico e fotógrafo Vitor Carvalho, que cumpre temporada em Portugal, mais especificamente em Guimarães. “Neste ano, a Prefeitura (Secretaria de Cultura) respondeu nossa solicitação de apoio, dizendo que não tinha dotação orçamentária, mas o evento consta do Plano Municipal de Cultura e teve apoio normal ano passado. Enfim, vou levar o festival para Franco da Rocha, que prontamente nos atendeu. A administração municipal perdeu este importante evento”.

 

Em 2023, ocorreria aqui a 10ª edição do festival, criado pela Incubadora de Artistas e voltado a filmes com 45 segundos. De forma independente, foram nove anos, de 2014 a 2022. A nanometragem segue concepção autoral própria e abre espaço para produções audiovisuais, feitas em celulares, tablets e computadores. Na última edição, participaram 160 filmes, de 16 estados diferentes. Os objetivos são os de revelar novos talentos, formar públicos reflexivos e gerar contrapartidas sociais (campanha de doação de um kg de alimento não-perecível).
A programação conta com parcerias internacionais, como o Festival Fike, em Portugal, e o Festival de Contis, na França. Em comemoração ao 10º aniversário do festival, as inscrições foram abertas para países lusófonos – Portugal, Angola, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné Equatorial. Segundo os organizadores, o evento atinge em média – diretamente – 2.500 pessoas entre público, realizadores, atores, produtores, técnicos, etc. Após a exibição, os filmes são disponibilizados na internet de forma aberta e gratuita.