Usuários têm dificuldade com Zona Azul em Atibaia

Falta de informação clara sobre necessidade de ter o número da vaga para renovar o tempo de estacionamento e identificações apagadas são alguns dos problemas.

O Atibaiense – O Atibaiense

Os usuários do sistema de Zona Azul em Atibaia têm reclamado das deficiências do serviço, especialmente neste período de compras de final de ano. Falta de informação, dificuldade de encontrar funcionários e delimitações apagadas são algumas das reclamações.
O sistema de Zona Azul com o modelo atual foi implantado em abril de 2015. As vagas são todas demarcadas com um sistema digital. Existe a possibilidade do motorista comprar uma tag, na qual carrega créditos com funcionários que circulam pelas ruas ou ainda pelo aplicativo de celular.
Para quem não tem a tag é mais difícil comprar as horas de estacionamento. E é justamente esse tipo de usuário que tem reclamado. Para comprar o tempo de estacionamento é preciso informar ao funcionário o número da vaga onde o carro foi estacionado. Moradores que não têm o costume de circular pelo Centro ou moradores de outras cidades e turistas só ficam sabendo dessa necessidade ao abordarem os funcionários da Zona Azul.
Quando estão próximos do veículo é fácil identificar o número da vaga. Mas quando precisam se afastar para encontrar algum funcionário, é preciso voltar até o carro para verificar a numeração.
Outro problema é quando a pessoa compra uma hora e precisa recarregar por mais uma. Se estiver longe do carro, tem que ter o número da vaga anotado ou lembrar de cabeça. Caso contrário, tem que voltar até o veículo verificar o número da vaga.
A sugestão dos usuários é para que sistema aceite e identifique a placa do veículo e não o número da vaga ocupada. Facilitaria especialmente para os que visitam a cidade com objetivo de gastar no comércio local.
A identificação pelo número da vaga também é dificultada pela falta de manutenção da pintura. Muitos números já estão apagados ou difíceis de serem identificados.
Até mesmo a delimitação das vagas de estacionamento e as identificações de vagas especiais de idosos e deficientes já estão com pintura desgastada e quase apagada.
Mesmo com a pandemia, este é o período de maior movimento na região central, especialmente para as compras de Natal e Ano Novo. Não houve, no entanto, o cuidado da empresa que opera o sistema em dar manutenção na pintura de sinalização e ainda criar formas de informar o usuário sobre a necessidade de saber a numeração do chão.
Também não tem sido fácil encontrar funcionários da Zona Azul em algumas das ruas atendidas pelo sistema. O número reduzido de atendentes faz com que o motorista precise andar várias quadras ou até ir até outra rua para comprar a hora de estacionamento. Além de perder tempo, corre o risco de receber multa enquanto se afasta do carro.
Outros municípios já contam com sistema que facilita a vida do usuário, com instalação de parquímetros. A cidade de Rio Claro, por exemplo, além de ter os parquímetros onde motorista pode comprar o período de tempo que ficará estacionado, há ainda um aplicativo de celular para pessoa comprar e ativar o uso de vaga.
Em Piracaia, há opção de compra de créditos no comércio local, na sede da empresa que administra sistema, por aplicativo de celular, por cartão pré-pago e ainda por parquímetros, que aceitam inclusive cartões de crédito como forma de pagamento.
O contrato firmado em Atibaia entre a empresa EXP Parking e a Prefeitura tem vigência até 2021. É o momento ideal para debater um formato mais inteligente e prático para o usuário, especialmente agora, com todas as dificuldades que a pandemia trouxe para o comércio local.

NATAL
Além dos problemas para conseguir estacionar nas vagas de Zona Azul, devido à falta de informação e praticidade para compra de créditos, motoristas relatam a grande falta de respeito por parte de alguns cidadãos com relação a regras de trânsito.
Com a proximidade do Natal, há muitos carros estacionados em locais proibidos, estacionados de forma irregular, parados em fila dupla ou parados em espaços que não são vagas de estacionamento, mas acabaram por se tornar.
Não têm sido vista uma fiscalização de trânsito mais rigorosa na região central. O intuito não precisa ser o de multar e penalizar, mas sim orientar e advertir os que estão desrespeitando as leis de trânsito para que o fluxo de veículos flua melhor e também para que as vagas de estacionamento sejam respeitadas.
A impressão que se têm do Centro neste Natal é de que não estamos em uma data festiva. Apesar da pandemia e necessidade de cuidados, o fluxo de pessoas aumentou, comerciantes estão tentando vender, mas não há sequer um enfeite ou iluminação natalina para atrair a atenção das pessoas.
Diferente de outras cidades da região, que enfeitaram ruas e prédios públicos para que moradores e visitantes possam ver a decoração de seus carros, em segurança, aqui a impressão é de que não estamos na data mais festiva e iluminada do ano.