Aumentam os riscos de acidentes domésticos com idosos durante a pandemia
Profissionais da saúde reforçam os cuidados com grupos da terceira idade em isolamento social. Foto Pixabay
Os idosos são as pessoas mais propensas a sofrer acidentes domésticos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o cenário de pandemia aumenta esses riscos. Além de serem considerados grupo de risco por causa da COVID-19, o isolamento social faz com que os idosos passem a exercer atividades que podem gerar alguma situação de risco, já que estão sozinhos em casa e sem contato com os familiares.
Maria Suzana Muller Branco, de 74 anos, sofreu uma queda acidental logo no início da pandemia, já em isolamento social. “O cachorro tinha feito muito xixi no chão da minha cozinha e eu não vi. Pisei sem querer e acabei escorregando. Cai com tudo e quebrei o fêmur”, conta Maria. A idosa teve fratura do colo femoral e precisou ser operada para colocar uma prótese total no quadril. O processo de recuperação foi longo e dolorido, mas ela conta que conseguiu voltar a caminhar normalmente apesar do susto. “No começo eu sentia muita dor, mas com o apoio dos médicos a recuperação foi ficando mais fácil. Posso falar com orgulho que nem precisei usar bengala para andar”, diz Maria.
De acordo com o médico ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Ademir Antonio Schuroff, as pequenas ações cotidianas, como subir em um banco para arrumar a prateleira, podem ser perigosas para pessoas com mais de 65 anos. “A maioria das fraturas ocorrem por trauma de baixa energia, ocasionadas frequentemente por quedas dentro de casa. Um dos fatores que os tornam mais vulneráveis é a perda de massa óssea (osteoporose). Para evitar possíveis complicações, é importante agirmos na prevenção”, afirma Schuroff.
Alerta
No caso de queda, a principal orientação dos médicos é chamar a ambulância o quanto antes e levar a vítima para receber atendimento especializado no hospital. O ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Josiano Valério, conta que muitos pacientes, com medo da COVID-19, acabam prorrogando a ida ao médico. “Já operei uma fratura de fêmur de semanas de evolução e também outra paciente com seis dias de fratura. Após a queda, alguns pacientes ficam em casa com medo de ir ao hospital o que agrava a situação”, diz Josiano.
Para evitar acidentes, a recomendação é que a casa seja adaptada para as necessidades do idoso, como corrimão nas escadas, suporte de apoio nos banheiros e tapetes antiderrapantes. O médico ortopedista Antônio Krieger, do Hospital Marcelino Champagnat, também reforça a importância dos idosos praticarem atividades físicas mesmo isolados em casa. “É importante que eles preservem a mobilidade física do seu corpo. Já que não estão saindo nas ruas, uma boa dica é fazer um plano de exercícios domiciliar com a orientação de um profissional que pode passar exercícios adaptados usando a cadeira da casa ou um saco de arroz, por exemplo. Outra dica é fazer uma avaliação com fisioterapeuta para possíveis alongamentos, movimentos de yoga ou pilates”, afirma Krieger.
Sobre o Hospital Marcelino Champagnat
O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).