Wagner Casemiro: Atibaia deve prestar atenção ao “vírus” da guerra comercial EUA-China
Será que o governo federal e a diplomacia brasileira estão afinados com a nova política internacional? Sob a pressão da pandemia, EUA e China agravaram seus conflitos e o Brasil não pode escolher o lado. Tem de vender bem para os dois gigantes.
“Postei esta opinião no meu perfil do Facebook e percebi que houve repercussão entre meus contatos, que incluem estudantes da Fatec, colaboradores da Câmara e da Prefeitura, empresários e amigos de Atibaia e Bragança. Com vocação comprovada de exportadora na área de flores e frutas, Atibaia precisa prestar atenção a este ‘vírus’ perigoso no planeta: a guerra comercial entre Estados Unidos e China”, apontou Wagner Casemiro, professor, chefe de RH da Câmara, dirigente do PSC e representante regional do Conselho Regional de Administração (CRA-SP).
SUGESTÃO DE LEITURA
Como sugestão de leitura a seus alunos e a seus contatos em geral, ele apontou artigo do jornal O Estado de S. Paulo, pelo link https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-mundial-faz-brasil-depender-cada-vez-mais-de-exportacoes-para-a-china. Para a área política e empresarial, Wagner alerta que existe o trabalho da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, a atuação regional de exportadores de frutas, acompanhados pelo Sebrae, e o próprio Centro Empresarial de Atibaia, que reúne empreendedores internacionais, com experiência e conhecimento sobre capacidade e qualidade para exportação.
O Sebrae já apontou que a região possui potencial para aumentar o número de pequenos exportadores para frutas. E não é necessário um volume alto de produção. O mercado externo busca a brasilidade das frutas e paga mais por isso. E há demandas de países como Canadá, Espanha e Dubai. O canal certo na hora certa, mesmo diante da crise econômica causada pelo coronavírus, funciona e funciona bem.
PANDEMIA ATROPELOU
A pandemia atropelou todos os segmentos da economia, favorecendo mais o setor financeiro e de tecnologia, mas tem lugar no mercado internacional para o pequeno e médio produtor, ainda receoso e apreensivo, entendendo que o processo de exportação é difícil. A postura de organismos como o Sebrae e a própria Associação Comercial e Industrial de Atibaia (em cursos e palestras) é desmistificar essa visão e mostrar que, para vendas externas, o importante é seguir alguns padrões, como embalagem, calibragem do tamanho ideal das frutas. A maioria já faz isso, é só se adequar ao mercado e estará apto a exportar”.
Reconhecida por sua vocação na produção de morangos e flores – maior produtora de morango do Estado e respondendo por 25% das flores do Brasil -, Atibaia e Jarinu vêm contando com aproximadamente 150 produtores de morango, até recentemente com 3 milhões de pés da fruta e uma produção de 4 mil toneladas/ano (números que precisam ser atualizados). “A mensagem, meus amigos, é partir para o ataque e sermos bons parceiros, confiáveis e produtivos, dos titãs chineses e americanos do comércio internacional”, concluiu Wagner Casemiro.
Wagner Casemiro, chefe de RH da Câmara de Atibaia.