Com entrega de nova ETA, em junho, Atibaia terá a mais moderna estação de tratamento de água dobrando capacidade

Para os próximos anos, a SAAE está focada para a implementação do Plano Municipal de Redução e Combate a Perdas com investimento de 55 milhões.

Nos últimos 10 anos foram investidos pela Prefeitura, em parceria com a SAAE, mais de R$ 200 milhões em saneamento básico no município. Além da água, em esgotamento sanitário são mais de R$ 160 milhões investidos em ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), EEEs (Estação Elevatória) e redes que tiraram de nossos rios cerca de 8 bilhões de litros anuais de resíduos/efluentes, contribuindo para a qualidade do meio ambiente.
Para os próximos anos, a SAAE está focada para a implementação do Plano Municipal de Redução e Combate a Perdas com estimativa de 55 milhões de investimento.
Há ainda entre os investimentos a ampliação e modernização da CTT (Central de Triagem e Transbordo), na ordem de R$ 10 milhões, que a tornarão uma referência nacional em reciclagem, possibilitando desta forma que toneladas de lixo deixem de ir para os mananciais.

ONDA DE CALOR
Assim como o restante do país, Atibaia tem sofrido com as ondas de calor. Nos últimos dias, o calor excessivo vem ocasionado alto consumo, motivo de alerta constante nas campanhas da autarquia de incentivo para uso consciente da água.
No último final de semana, alguns bairros ficaram sem abastecimento, pois o consumo excedeu a capacidade do sistema atual de atender à alta demanda. O consumo, maior que o normal, comprometeu o nível dos reservatórios e causou falta d’água e baixa pressão nos locais mais altos e mais distantes da cidade.
Na tarde de segunda-feira, dia 18, foi necessária a interrupção emergencial do abastecimento, devido à manutenção emergencial do sistema de bombeamento da Estação de Tratamento de Água Central, para que fosse possível manter o nível do reservatório central e o sistema de abastecimento.
Na região dos bairros Cerejeiras e Imperial, há ainda um agravante, pois a região é abastecida pelo Córrego do Onofre, manancial sensível a qualquer variação de temperatura e estiagem. O córrego atende uma região adensada (cerca de 25% da população). Por este motivo, recebe contribuição do reservatório central, o que foi insuficiente no último final de semana, devido ao alto consumo.
É válido ressaltar que o problema não é exclusivo de Atibaia. Várias cidades vizinhas infelizmente também vêm sofrendo com falta d’água, sobretudo na última semana, segundo relatos de moradores (Piracaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista etc.).

ALTO CONSUMO
A autarquia esclarece que os picos de consumo são os responsáveis pela queda brusca dos reservatórios, por isso orienta que, sempre que possível, a população evite estes períodos para atividades que consumam muita água (horário de almoço e final da tarde/início da noite). O ideal é estas atividades sejam distribuídas ao longo da semana. A caixa d’água é outra grande aliada, ela garante o abastecimento durante as interrupções, quando necessárias. É preciso a colaboração de todos, principalmente em períodos críticos (calor excessivo, estiagem), pois as mudanças climáticas, exaustivamente divulgadas, nos levam a repensar nossos hábitos de consumo, sobretudo em relação à água.

CONCLUSÃO DA NOVA
ETA CENTRAL
A conclusão das obras está prevista para meados deste semestre. A nova estação de tratamento de água praticamente duplicará a capacidade de captação e tratamento. Há também a previsão de construção de novos reservatórios para aumentar a capacidade de distribuição do sistema.
Além disto, está em execução a revisão do Plano Municipal de Saneamento, que está em andamento pela Prefeitura, em parceria com a SAAE, que norteará este planejamento.
A ETA Central já está com 94,8% da obra concluída. Será referência na região em capacidade e tecnologia de tratamento.

UNIVERSALIZAÇÃO DO
SERVIÇO DE ESGOTO
Há menos de 10 anos, apenas 40% do esgoto de Atibaia era tratado, hoje esse número passou para 85%, ou seja, 85 mil pessoas em 16 bairros beneficiadas com essas obras.
Este incremento deve-se às obras de esgotamento sanitário com novas ETEs (estações de tratamento de esgoto), EEEs (estações elevatórias) e redes de esgoto, cujos investimentos somam, até o momento, cerca de R$ 160 milhões desde 2013.
Entre os investimentos estão a modernização da ETE Estoril, que ampliou a capacidade de tratamento de 200 para 300 litros de esgoto por segundo e a implantação de sete novas Estações Elevatórias e a modernização de seis existentes.
A ETE Caetetuba, desde sua inauguração, em dezembro de 2020, com o avanço das obras (redes, coletores e elevatórias), expandiu atendimento para os bairros Caetetuba, Jardim São Felipe, Jardim Cilar, Vila São José, Jardim Colonial, Vila Santa Clara, Nova Atibaia, Vila São Sebastião e Vila Esperança. A obra do coletor tronco Onofre, cuja conclusão está prevista para 2024, ampliará o serviço para os bairros Cerejeiras, Imperial, Jardim das Palmeiras e Estância Brasil.

PLANO DE REDUÇÃO E COMBATE A PERDAS
Resumidamente, as perdas de água nos sistemas de abastecimento correspondem à diferença entre o volume de água produzido e o total medido nos hidrômetros. Podem ser divididas em físicas, provenientes de vazamentos que ocorrem, principalmente, devido ao desgaste das tubulações com seu envelhecimento e as elevadas pressões. As perdas não físicas são oriundas, principalmente, devido às irregularidades com fraudes e ligações clandestinas e à submedição dos hidrômetros. O Plano Municipal de Redução e Combate a Perdas, em fase de captação de recursos, prevê a execução de estudos e ações para reduzir este índice em25%, meta do Novo Marco Regulatório do Saneamento.

AMPLIAÇÃO E
MODERNIZAÇÃO DA CTT
Atibaia recebeu um aporte de R$ 10 milhões (R$ 8,9 milhões da União, por meio do Ministério do Meio Ambiente e R$ 1,1 milhão de contrapartida da Prefeitura) para executar as obras de ampliação e modernização da Central de Triagem e Transbordo.
O projeto de ampliação e modernização da Central de Triagem e Transbordo, que soma mais de 20 anos de existência, visa ações definitivas, de alto custo, inviabilizadas até então por questões financeiras.
As ações já se mostravam necessárias e agora serão viabilizadas com o repasse de recursos destinados a Atibaia, garantindo a continuidade de um serviço essencial ao município e também o sustento de inúmeras famílias que se beneficiam da triagem dos resíduos, por meio da Cooperativa São José.
A Central de Triagem e Transbordo é pioneira no Brasil quando o recorte analisado é o setor público. Com exceção da iniciativa privada, repleta de cases de sucesso em sustentabilidade, o modelo de Atibaia é uma referência incomum na esfera pública em todo o país, pois o recebimento, a triagem e a destinação dos resíduos sólidos domiciliares (secos e úmidos) da cidade, garante volumes reduzidos do lixo que acaba dispensado em aterro sanitário licenciado.