Combinação entre confiança e humildade é boa fórmula para a mediação

O título desta coluna foi inspirado em artigo do jornal Valor Econômico sobre o segmento dos vinhos. Entrevistado sobre a conquista pessoal do “master of wine” em língua portuguesa, Dirceu Vianna Júnior respondeu: “Uma combinação entre confiança e humildade é uma boa fórmula para fazer um bom trabalho e se desenvolver como ser humano e profissional”. Achei perfeito para o trabalho de mediação e conciliação.
O mediador é um líder que precisa conquistar a confiança dos clientes. Em formato de bate-papo, sem fugir das perguntas técnicas, o diálogo nas sessões abre caminho para soluções impensáveis em outro “clima”. Outras características essenciais do mediador são qualidade de formação, reconhecimento do potencial de eventuais oponentes, profissionalismo na elaboração de documentos, busca constante de conhecimento, capacidade de comunicação e de enfrentar desafios, sentindo-se abençoado por fazer o que se gosta.
Que tipo de liderança o mediador exerce? Ele precisa ser um super-herói para aguentar baques e seguir em frente? Talvez não. Mas protagonismo (entendido como disposição para realizar mudanças) é fundamental, dizem especialistas em liderança. Facetas como ânimo, paixão, coragem, resiliência, humanidade e empatia (ver sob a perspectiva do outro) também são desejáveis.
A presidente de uma empresa foi certeira ao afirmar: “Às vezes, é mais importante tomar decisões rápidas do que perfeitas. É preciso ter coragem para tentar, mesmo sem a certeza sobre as respostas. Ter sensibilidade é muito importante”. Compaixão, também, assim como transparência, gratidão, perdão, validação de sentimentos e assertividade. Querem mais? É o suficente.