Ações simples de caridade lembram o espírito da mediação e conciliação
Recebi texto pelo perfil de rede social do grupo Romeiros a Pé Aparecida, do bairro do Portão, Atibaia, que destaca a importância da liderança espiritual no universo da mediação e conciliação. Nesse sentido, no lugar do jejum de carne na Quaresma o Papa Francisco propôs ações simples de caridade. Veja que bonitas recomendações: cumprimente sempre e em todo lugar; dê graças (mesmo que não “devas” ou deseje fazê-lo); lembre aos demais o quanto você os ama; cumprimente com alegria as pessoas que você vê todos os dias; ouça o que o outro tem a dizer, sem pré-julgamentos, com amor; pare para ajudar – esteja atento a quem precisa de você; anime a alguém; comemore as qualidades e os êxitos do outro; separe o que não usa e doe a quem necessita; ajude quando necessário para que o outro descanse; corrija com amor, não cale por medo; tenha boas relações com os que estão perto de você; ajude os outros a superar obstáculos; e telefone para seus pais, se tiver a felicidade de tê-los.
O jejum se estende à agressividade e deve transmitir palavras gentis. Assim, jejue de descontentamentos e se encha de gratidão; da ira e encha-se de mansidão e paciência; de pessimismo e plenifique seu coração de esperança e otimismo; de queixas e se segure nas coisas simples da vida; das pressões e ilumine seus caminhos com a oração; das tristezas e amarguras e brilhe com alegria o coração; de egoísmo e valorize a compaixão pelos demais; da falta de perdão, abrindo-se para atitudes de reconciliação; das palavras, compensando com silêncio e escuta dos outros.
“Qual é a lógica de Jesus que dá a satisfação plena a um sacerdote?”, questionou-se o Pontífice, sugerindo imediatamente a resposta: é “a lógica do mediador”. Jesus “é o mediadorentre Deus e nós; e nós devemos seguir este caminho de mediadores e não a outra figura que se assemelha muito, mas não é a mesma: intermediários”, que participam de negociações, de vendas e compras. O mediador — explicou Francisco — perde a si mesmo para unir as partes, dá a vida, entrega-se a si mesmo, é este o preço: a própria vida, paga com a própria vida, o próprio cansaço, o próprio trabalho, muitas coisas.
E “o pároco”, acrescentou o Papa, dá a vida precisamente “para unir o seu rebanho, para unir as pessoas, para as levar a Jesus”. Porque “a lógica de Jesus como mediador é a lógica de se aniquilar a si mesmo”. Aliás, “São Paulo na
carta aos Filipenses é claro sobre isto: “Aniquilou-se a si mesmo, esvaziou-se a si mesmo” para realizar esta união, até à morte”.