A República em Atibaia

O Brasil comemora hoje, 15 de novembro, a Proclamação da República, que resultou na derrubada da monarquia. São 133 anos desde que o país deixou de ser governado pela família real e passou a ter o novo regime, em vigor até hoje.

Antes mesmo da proclamação já havia grupos que defendiam o fim da monarquia. E Atibaia não ficou de fora.

Entre os nomes dos republicanos de Atibaia estão Dr. Olímpio da Paixão e Aprígio de Toledo, que já defendiam o sistema antes da proclamação. Waldomiro Franco da Silveira, no livro “História de Atibaia”, lembrou os homens que eram, à época, “verdadeiros e sinceros crentes da nova forma de governo, e que, em pleno regime aristocrático, almejavam para sua pátria um governo popular, um governo democrático, do povo para o povo, uma República enfim!”.

Atibaia não atuou diretamente nos movimentos da proclamação, que culminaram na Convenção de Itú, em 1873, mas houve três atibaianos que, apesar de não morarem mais na cidade à época, participaram do encontro: Ladislau Antônio de Araújo Cintra, Dr. Antônio Francisco de Araújo Cintra e Tristão da Silveira Campos.

Quando foi proclamada a República no país, o município passou a ter outros nomes a defenderem o regime.

Dr. Olímpio da Paixão foi o presidente do Conselho da Intendência, órgão criado para administrar acidade no novo sistema político.O primeiro intendente eleito foi José Francisco de Campos Bueno,mais conhecido como José Bim. O cargo de intendente era o equivalente hoje a prefeito. José Bim era filho de José Alvim de Campos Bueno e irmão do Major Juvenal Alvim, considerados grandes nomes do passado político de Atibaia.

Há 133 anos, era defendido o ideal de que o bem comum deve estar acima dos interesses particulares, de um governo feito para defesa do povo e onde prevaleça a democracia. Que possamos relembrar esse ideal e buscar alcançá-lo.