Lucas Cardoso afirma que Atibaia precisa ter um representante da cidade na Assembleia

O Guarda Civil Municipal foi escolhido como o representante da classe, mas também quer representar Atibaia e região.

O Atibaiense – Da redação

Lucas Cardoso, ex-vereador e Guarda Civil Municipal há mais de 18 anos em Atibaia, foi um dos escolhidos em convenção do PSB para ser pré-candidato a deputado estadual. Ele falou com o jornal O Atibaiense sobre a escolha e o trabalho que vem sendo desenvolvido. Lucas é formado em Direito, foi vereador por dois mandatos, presidente da Câmara, Secretário de Segurança Pública da cidade e Secretário de Trânsito, além de ter ocupado por um tempo o cargo de Coordenador da Defesa Civil. Na última eleição municipal, em 2020, foi candidato a prefeito pelo Podemos.
A pré-candidatura de Lucas não é apenas por Atibaia e região, mas também de segmento, como explica. “O Sindicato e a Confederação dos Guardas Civis Municiais me escolheram como pré-candidato. Foi realizada prévia e, dos cinco nomes apresentados ao grupo para representar a guarda como deputado estadual, foram dois escolhidos: eu e outro Guarda que trabalhará na cidade de São Paulo. Para federal foi escolhido um nome nas prévias”.

 

Lucas diz que vem visitando vários municípios desde o ano passado, em agendas especialmente com as guardas. “Já visitei 175 municípios do ano passado para cá. Devo visitar mais 100. Tudo em função desse nicho da GCM. Reunimos várias cidades nas agendas. Existe um anseio da classe em ter representantes. Temos 25 vereadores no Estado eleitos em seus municípios e não temos um representante na Assembleia Legislativa. A Guarda fica à margem de tudo. Vai ter aposentadoria especial para forças de segurança e o GCM fica de fora. Nunca está dentro das leis, por isso o Sindicato e a Confederação decidiram por escolher pré-candidatos da categoria”.
A dobrada de Lucas, dentro do segmento das Guardas será com o também GCM Eliel Miranda (escolhido nas prévias da categoria). No caso de Atibaia, diz que apoia o pré-candidato Saulo Pedroso. “Federal em Atibaia e cidades próximas estamos apoiando Saulo. Não podemos fazer dobrada oficialmente por questões partidárias, mas Atibaia e a região precisam de um representante e não vamos fazer nenhum movimento dos federais do partido aqui”, destaca.

REPRESENTATIVIDADE
Lucas concorda com outros pré-candidatos sobre a necessidade de representatividade tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara dos Deputados. “A falta de representante da região faz com que fiquemos sempre longe das discussões. E temos condições. De 35 mil a 40 mil votos pode ser eleito um deputado. Atibaia precisa de um deputado daqui para que a cidade seja lembrada pelo governador. O deputado é que vai bater na porta do governador e falar que o segmento dele precisa de estrutura, de projetos. Quando acontecem as discussões de distribuição de recursos, não temos um representante. Vai para cidades ou segmentos de quem tem deputado da cidade”.
O pré-candidato afirma que Atibaia é uma potência em desenvolvimento e precisa de mais estrutura. “É urgente a cidade perceber a necessidade de alguém de Atibaia na ALESP. Aqui era para ter um Batalhão da Polícia Militar, uma Seccional da Polícia Civil, uma Diretoria Regional de Ensino. Não tem como ficarmos no reboque de cidade do mesmo tamanho que a gente. Tem que ter redistribuição do Estado. Fazer outra região. Tem cidades que fazemos divisa que poderiam vir para essa região de Atibaia. Força política do Estado faz toda a diferença no município”.

SEGMENTOS
Por ser Guarda Civil Municipal, Lucas diz defender a categoria, mas sem deixar de trabalhar por outras causas. O pré-candidato é conhecido por alguns trabalhos sociais realizados em Atibaia, como o Pit Stop Solidário, que chega à 11ª edição na cidade e já acontece em outros municípios também. “Neste domingo (7) faremos em Piracaia”, conta.
Lucas conta que o Pit Stop começou na pandemia porque não podia ter aglomeração. “Mas antes fazia caminhada solidária, corrida solidária. Comecei na igreja. Nós tínhamos o grupo de jovens e batíamos de porta em porta de domingo para pedir doações, isso desde a adolescência”.
Outro projeto é o Resgate Solidário. Há trabalho de resgate de cães e gatos abandonados e ainda castração e doação dos animais. É comum ver especialmente no Facebook de Lucas os vídeos dos trabalhos de resgate e doação.
“Temos ainda o trabalho do Lacre Solidário, pelo qual trocamos os lacres por cadeiras de rodas e o Fios de Amor, que foi ideia da minha filha, de doar o cabelo para fazer perucas para pessoas com câncer. Recebo lacre e cabelo do Brasil inteiro para os projetos. A rede social aproxima, as pessoas participam”, conta.
Lucas diz que boa parte do trabalho realizado não é divulgado. “Tem muito do trabalho de resgate, castração que não divulgo. Faço por amor. E também tem o trabalho social. Hoje mesmo estive na APAE para levar 100 litros de leite, entreguei 250 kg abacate na Casa de David ontem. Recebo doações e vou nas entidades entregar. Um exemplo foi um empresário que é produtor de abacates que ligou dizendo que não ia conseguir vender tudo. Levei para doar e levei leite, para fazerem vitamina para atendidos. Não divulgo isso. Deus retorna de outro jeito”.
“Defendo a GCM, as guardas precisam de respeito e só se adquire respeito quando tem representante. Nunca conseguimos falar de igual para igual e principalmente a nossa cidade. Atibaia está crescendo e nossa população está carente, precisa de todas as infraestruturas possíveis”, ressalta o pré-candidato, acrescentando que “é fundamental alcançar o que a cidade precisa na saúde, educação e infraestrutura, além da segurança”.

VOTO DE PROTESTO
Sobre o eleitor muitas vezes escolher pelo voto de protesto, em vez de escolher um representante, Lucas diz que é preciso fazer as pessoas entenderem que no futuro a própria pessoa e a família podem ser prejudicadas com essa atitude. “É importante ter um representante da cidade, independente de quem seja. Temos a opção de ter um representante que a pessoa pode cobrar na rua depois. Se não faz isso, outras cidades fazem, elegem e melhoram a qualidade de vida das pessoas das suas cidades. Hoje pode ser um protesto, mas amanhã o preço pode ser caro”, completa.