Joe Sujera e Thiago Ticana ecoam rimas e riffs no espaço sideral com disco de estreia, Órbita

Álbum vem acompanhado de clipe gravado em Atibaia e de clipe inédito da faixa homônima.

 

O rapper Joe Sujera e o guitarrista e produtor Thiago Ticana estreiam hoje Órbita , primeiro disco da parceria, nas principais plataformas digitais – ouça aqui . Produzido por Ticana – além da colaboração do produtor Babidi em algumas faixas -, o disco apresenta 10 faixas no total .

Os músicos aproveitam a estreia de Órbita e colocam no mundo, também hoje, o clipe inédito da faixa homônima – veja aqui – , que teve direção de Rodrigo Ferreira .

Os astronautas

Com alguns anos de correria na cena independente, Joe Sujera partiu da Zona Norte de São Paulo munido de suas rimas diretas e críticas, abrindo fissuras reflexivas em temas como a desigualdade social brasileira, o papel do rap como ferramenta ativa de transformação, as delícias e os tropeços do fazer artístico, entre outros.

Já Ticana, oriundo da cidade de Atibaia (SP), iniciou sua formação musical desde a adolescência, quando teve suas primeiras bandas. De lá para cá não parou de tocar, mudou-se para São Paulo e passou a tocar e produzir em projetos diversos.

As rotas dos dois colidiram quando se conheceram e fizeram parte da formação de uma banda em comum, ERRO808, atualmente inativa. Deste encontro as ideias renderam e delas surgiu Órbita, com Ticana assumindo o protagonismo da produção, dilacerando em riffs e beats os papos retos canetados por Sujera.

A nave

Em Órbita , Sujera versa sobre temas como o Brasil de hoje, ontem e antes ( “ Geografia ” ); confusões mentais e subjetivas ( “Saturno” ); a insegurança ( “Medo” ) e tem espaço também para uma dose de amor ( “Bruxaria” ). Para o compositor, falar disso tudo, num ano como este, revela um propósito maior: a resistência da arte e do pensar.

“Nesses momentos de dor intensa, as pessoas se confortam muitas vezes na arte. A importância emocional e mental de fazer música em tempos sombrios foi o que nos motivou a arregaçar as mangas e compor essa obra. Esse é um ponto. O outro, é que a arte é voz, é grito. E nunca precisamos tanto gritar contra o sistema no Brasil.

São duas responsabilidades para as quais o artista não pode virar as costas em 2020”, reflete Sujera.

 

 

Isolados em suas respectivas casas, Sujera e Ticana encontram-se poucas vezes nesta quarentena para conduzir ou finalizar produções do álbum.

Em sua casa, Ticana botou melodias de pé, criando bastante coisa sozinho.

“Produzir o disco em casa com certeza agilizou o processo, com a tecnologia que temos na mão hoje, o processo foi bem dinâmico. Apesar de não falarmos da quarentena no disco, ele tem muito da atmosfera desse momento, como se eu quisesse entrar em órbita para fugir do contexto social e político do Brasil de hoje.

Sonoramente falando? O bagulho tá doido”, comenta o produtor.

O voo

Por fim, um convite escrito por Joe Sujera antes de você dar o play e decolar na audição de Órbita :

Vai gostar de Órbita quem gosta de não gostar de nada.

Quem é taxado de chato.

Quem filosofa na mesa do bar.

Quem se pega olhando pro céu a noite e se arrepia inteiro.

Quem apaga a luz pra dormir e demora horas devido às milhões de ideia na cabeça.

Quem não passa um dia sem se questionar de onde viemos e para onde vamos.

Aqueles que têm irmãos e pais advogados mas só querem saber de artes plásticas.

Aqueles que saem do trabalho às 18h, pegam dois ônibus lotados e vão pra um estúdio ensaiar com a banda.

Aqueles que economizaram todas as moedas durante anos pra comprar um par de Technics.

Como eu gosto de dizer: Esse é pra quem nasceu para fracassar e até nisso fracassou.

 

Ouça Órbita nas principais plataformas digitais

Assessoria de Imprensa :: Joe Sujera e Thiago Ticana

Izabela Costa

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