Escritora realiza projeto através da Lei Aldir Blanc em Atibaia
Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, o projeto “Proteger a infância é uma arte, Atibaia faz parte” a palestrante e escritora Anna Luiza Calixto realiza intervenções de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes.
O Projeto Proteger a infância é uma arte, Atibaia faz parte é uma iniciativa do Projeto Bem me quer subsidiada pela política municipal de fomento cultural da Secretaria de Cultura de Atibaia através da Lei Aldir Blanc, contemplando a construção de um calendário de doze intervenções artísticas e lúdicas de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes através da arte como ferramenta de autoproteção, utilizando as diretrizes centrais da campanha internacional Ninguém Mexe Comigo para promover a prevenção, identificação e combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
A iniciativa da escritora atibaiense Anna Luiza Calixto tem realizado oficinas lúdicas prevenindo essa violação de direitos através de 12 ações nos bairros selecionados: Jardim Imperial; Jardim Cerejeiras; Vitória Régia; Rio Acima; Alvinópolis; Caetetuba; Vila Rica; Chácaras Fernão Dias; Centro; Maracanã; Bairro do Portão e Guaxinduva, abrindo as portas de espaços culturais; centros comunitários; OSCs (organizações da sociedade civil) e escolas para a autoproteção através da cultura.
A atividade traz dinâmicas elaboradas por Anna Luiza como fundadora do Projeto, norteadas em quatro passos fundamentais para se desvencilhar de uma situação de potencial risco de violência sexual infantil: 1. Gritar; 2. Correr; 3. Contar e 4. Discar 100.
Com duração aproximada de 1h30min, cada uma das oficinas tem por objetivo conduzir o aprendizado das crianças participantes sobre o direito de dizer não; a autonomia individual estabelecendo limites sobre o próprio corpo; a indicaçãodas próprias partes íntimas; a percepção de situações de potencial perigo de violência sexual infantil; identificação de sua própria rede de proteção e internalização do passo a passo para se desvencilhar de qualquer risco: gritar por socorro; correr dali; contar para um adulto de confiança e, com a sua ajuda, discar 100 para denunciar o ocorrido.
Todas as práticas de autoproteção apresentadas no Projeto fazem parte da história de Anna Luiza como ativista pelos direitos de crianças e adolescentes em 15 estados brasileiros através do Projeto Bem me quer, pelo qual realiza intervenções artísticas de autoproteção em diversos municípios que reconhecem o potencial de relevância do livro Bem me quer, mal me Quer? (premiado em 2022 pelo Prêmio Nacional de Direitos Humanos Neide Castanha na categoria de produção de conhecimentos) e de atividades orientadoras capazes de abordar um tema tão denso e doloroso com ludicidade; leveza e propriedade.
“Essa iniciativa é muito preciosa para nós do Projeto Bem me quer, pois ela vai além de ensinar às crianças a autoproteção como ferramenta potente de enfrentamento às violências, mas ela convoca a comunidade a compor a rede de proteção e olhar para a infância como prioridade absoluta. Se proteger a infância é uma arte e Atibaia faz parte, nós também devemos entrar para essa luta.” – conta Anna.
Para acompanhar as próximas atividades e intervenções, basta acompanhar as redes sociais da escritora e do próprio Projeto: @annaluizapalestrante e @projetobemmequerbr.



