Atibaia é a cidade que mais gerou empregos na região no primeiro trimestre
Entre janeiro e março o saldo positivo de Atibaia chegou a 811, bem acima que das outras 10 cidades da região Bragantina.
O Atibaiense – Da redação
Atibaia se destaca na geração de empregos no primeiro trimestre de 2025, ficando à frente das outras 10 cidades que compõem a região Bragantina. Entre janeiro e março foram 7.828 contratações na cidade. Somente no mês de março foram 2.462 admissões em empregos formais.
Na comparação com demais municípios da região, Atibaia fica bem à frente. Com as 7.828 e 7.017 demissões, o saldo ficou positivo em 811 vagas. Em Bragança Paulista, o saldo positivo foi de 535 no período. A terceira cidade que mais gerou vagas foi Piracaia, com saldo de 236, seguida de Nazaré Paulista, com 139, Bom Jesus dos Perdões com 118 e Pinhalzinho com 107. Joanópolis ficou com saldo positivo de 64 vagas e socorro de 58. Tuiuti ficou com saldo de 4 vagas. Já Pedra Bela e Vargem tiveram saldo negativo, ou seja, mais demissões que contratações no trimestre.
O setor de serviços continua sendo o que mais contrata, com saldo de 463 vagas no trimestre, mas em março, ficou negativo em (-) 26. A indústria foi a segunda que mais contratou entre janeiro e março, com 244. Em março, foi o setor que puxou o saldo para cima, com 105 vagas. Na construção civil saldo foi de 186 vagas no trimestre e 53 em março. O comércio se recuperou apenas em março, quando teve saldo de 5 vagas. No trimestre, sofreu com demissões, ficando com (-) 51. A agropecuária também demitiu mais nos três primeiros meses do ano, com saldo de (-) 31 no trimestre e (-) 27 em março.
O perfil das contratações em Atibaia no trimestre foi de pessoas com ensino médio completo na grande maioria, seguido de superior completo. Quem tem ensino fundamental completo sofreu mais com demissões.
A maioria dos contratados no trimestre foi de jovens. Entre os 18 e 24 anos o saldo ficou em 236 e dos adolescentes até 17 anos em 205. Pessoas mais velhas, entre os 40 e 49 anos ficaram com saldo de 208 contratações. Demais faixas etárias o saldo foi positivo, mas com menor destaque. Pessoas acima de 65 anos sofreram com demissões, ficando essa faixa com saldo negativo.
A grande maioria dos trabalhadores contratados são da produção de bens e serviços industriais.
Esse perfil de contratados, em setores como linha de produção e idade mais jovem pode ser um reflexo do que o setor empresarial vem alertando: a falta de mão de obra qualificada. Para empregos como de linha de produção é comum que não se exija experiência anterior ou alguma especialização.
Para cargos mais qualificados, há menos contratações, muitas vezes por falta de pessoas com o perfil necessário e com as habilidades exigidas.
A falta de mão de obra qualificada não é um problema apenas de Atibaia. Pesquisa recente da FGV Ibre mostra que 19% das empresas não conseguem encontrar pessoas para serviços básicos. Com relação à dificuldade em contratar, 60% dos empresários da indústria e da construção civil dizem não encontrar mão de obra. Nos setores de serviços e varejo ampliado, 58% dos empresários relatam essa dificuldade.
A mesma pesquisa mostra que 45% das empresas acabam investindo por conta própria em capacitação interna, para suprir as vagas. Essa responsabilidade, no entanto, deveria ser dividida com o poder público.
Apesar da Prefeitura de Atibaia oferecer muitos cursos de capacitação, ainda falta um olhar para os setores que estão mais carentes de mão de obra qualificada. É fundamental, por exemplo, criar os cursos que permitam ao cidadão empreender por conta própria, como os que estão sendo divulgados agora em maio. Mas também é necessário investir em cursos que atendam à demanda das empresas instaladas na cidade.
O prefeito Daniel Martini já sinalizou que está atento ao assunto e que deve promover parcerias para trazer cursos que atendam à demanda das empresas instaladas na cidade.



