Resoluções para o 2025 que as crianças merecem

Caminhos possíveis para mudanças que protegem a infância brasileira.

Foto Ilustrativa

Anna Luiza Calixto

Vamos fazer um 2025 diferente para nossas crianças e adolescentes?
Pois bem, mais um ano chegou ao fim. Meu recado de hoje não vai ser sobre o tanto de problemas que os meninos e meninas enfrentaram em 2024, mas sobre a diferença que nós, adultos, podemos fazer na vida deles e delas no ano que se aproxima.
Pra isso, vamos juntos numa lista de resoluções – como metas – que tiraremos do papel durante os 12 meses novinhos em folha para corrigir comportamentos adultocêntricos e prevenir violências que alcancem as crianças. Lembrando, é claro, que esse tipo de mudança a gente põe em prática todo dia, deve fazer parte do nosso compromisso com o mundo que desejamos construir para que a criançada cresça.
Por isso, nossa lista vai ser realista e nada utópica: vamos nos ater a comportamentos que estão nas nossas mãos, que a gente é capaz de mudar no nosso próprio modo de vida.
1ª resolução: não vamos mais interromper as crianças. “Como assim?” Simples: ela começou a falar, deixa falar até o final. Até porque se você não estivesse disposto a escutar, por que deixaria ela começar? Não, não, não. Nada de: “Depois a gente conversa” ou “Eu já entendi.” Liberdade de expressão é o que desejamos para nossos pequenos em 2025 e na vida inteira.
2ª: em 2025, as prefeituras vão empossar representantes no executivo e no legislativo. Vamos acompanhar a atuação dos bonitos para garantir que crianças e adolescentes estejam na pauta. Não vou nem ser idealista e dizer que vamos garantir que meninos e meninas sejam prioridade absoluta, o que faremos é ficar de olho para que eles e elas não sejam esquecidos entre projetos de lei e emendas.
3ª: pra uma vida um pouco mais fora das telas, vamos garantir que as crianças façam parte do planejamento. Se vamos fazer um passeio, bora colocar na ordem do dia um momento especial pra elas. Se vai ter almoço na casa dos avós, a gente leva livros de colorir ou reserva um espaço depois do almoço pra uma caminhada pelo bairro. Em casa mesmo, podemos ter livros infantis (eu tô sempre recomendando aqui no Entre Bastas), jogos de tabuleiro (eu amava quando era criança) e conversas à dois. Vai dar certo!
4ª: correio das boas notícias! Sempre que surgir uma boa notícia na área dos direitos da criança e do adolescente, vamos fazer o maior barulho nas redes sociais. Eu tô cansada (e acho que vocês também) de ser a verdadeira trombeta do apocalipse nos stories e no feed. Vamos fazer pressão para que a realidade mude, mas também vamos celebrar pequenos passos que nossa comunidade já está dando para avançar.
5ª: vamos espalhar a palavra da proteção integral? Eu topo, hein! Vamos conversar com nossos amigos, colegas de trabalho e familiares – principalmente aqueles que, como eu, não têm filhos – e incentivar essa galera a se mover pelas crianças. Pode ser uma incidência política, comunitária ou simplesmente pessoal, de mudança de atitude diante das crianças.
As outras cinco metas (dez são mais do que o suficiente, não é?) estão disponíveis para leitura no site do Jornal O Atibaiense. Acesse e leia gratuitamente.
Que 2025 seja um ano abençoado, iluminado e próspero pra todo mundo e que possamos proteger nossos meninos e meninas, aprendendo diariamente com eles e elas.
Obrigada a você que acompanhou nossa Coluna durante 2024 e que acredita ser possível um país mais justo para a infância e adolescência. 2025 é uma oportunidade de mudança dividida em 365 capítulos. Vamos escrever um a um segurando a mão das crianças brasileiras.