O relacionamento interpessoal com foco na escuta ativa
As habilidades de mediação aparecem frequentemente em vagas de emprego. Recentemente, abrindo uma publicação sobre vaga para jornalista, encontrei entre muitos itens as habilidades: relacionamento interpessoal com foco na escuta ativa; e flexibilidade com foco na construção de consensos. Será que nesse caso vale ser voluntário do CEJUSC Atibaia? Brincadeira, gente – e também, graças a Deus, não estou procurando um novo emprego neste momento, quem sabe em seis anos, pelo meu atual planejamento.
Quem busca mais informação sobre a primeira habilidade, muito conectada com a segunda habilidade, pode achá-la em https://portaldalecarnegie.com/escuta-ativa-como-pode-ajudar/. O texto explica que escuta ativa se refere à capacidade de ouvir, verdadeiramente, a mensagem transmitida, com o objetivo de criar vínculos com o interlocutor. “Pessoas que praticam a escuta ativa conseguem se comunicar melhor. Isso porque se dedicam inteiramente ao que está sendo dito, tanto em palavras quanto em gestos e ações. Assim, conseguem compreender os desejos do outro e responder de maneira mais assertiva”.
“Atenção exclusiva para a pessoa que lhe estiver falando é muito importante. Nada é tão lisonjeador como isso”. Essa frase, dita por Charles W. Eliot e publicada em Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de 1936, mostra que escuta ativa é um conceito antigo. Essa habilidade sempre foi, e sempre será, imprescindível para quem quer estabelecer boas relações interpessoais. É claro que a escuta ativa não deve ser praticada apenas nas relações de trabalho, mas em todas as esferas da vida. O artigo citado dá algumas dicas para exercitarmos essas qualidades.
Exercite sua inteligência emocional – para que a sua atenção possa estar voltada ao interlocutor, é preciso que seus pensamentos não estejam ocupados com seus problemas. Ouvir é um exercício de empatia, o que exige verdadeira imersão na fala do outro. Pessoas emocionalmente inteligentes têm a capacidade de reconhecer e gerenciar as próprias emoções, o que as permite “abrir espaço” para a escuta ativa. Estabeleça relações verdadeiras – é importante que sejam eliminadas as distrações que possam ocorrer durante o diálogo ? telefones, e-mails e outras possíveis interrupções. Esteja presente durante a conversa e demonstre sua atenção. Respeite os momentos de fala, não julgue o que for dito e concentre-se na mensagem. Quando conversamos com alguém que nos presta esse tipo de atenção, são criados laços de respeito e cooperação.
Escute mais que as palavras – deve-se atentar também para outros elementos do discurso que vão além: os gestos, o contexto, a escolha dos termos. Muitas vezes, uma única frase pode ter diferentes significados, dependendo do conjunto de sinais que a acompanha.