Alesp analisa Projeto de Lei que prevê reajuste salarial a policiais
A Assembleia Legislativa (Alesp) iniciou nesta quarta-feira (03) a análise do Projeto de Lei que propõe reajuste salarial médio de 20,2% às carreiras das forças de Segurança Pública do Estado de São Paulo. O reajuste salarial já havia sido reivindicado pelo deputado Edmir Chedid (União) ao Poder Executivo.
A iniciativa do governo estadual, caso seja aprovada, beneficiará mais de 150 mil integrantes das forças estaduais de segurança, incluindo profissionais das polícias Civil, Militar, Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, bem como aposentados e pensionistas. O índice proposto para a Assembleia Legislativa é considerado inédito no primeiro ano entre as administrações estaduais mais recentes.
O Projeto de Lei propõe um reajuste salarial dos policiais de forma não-linear; cada patente (praças e oficiais) e cargo da Polícia Civil terá um percentual distinto de aumento. Em média, o reajuste será de 20,2% – número significativamente superior ao da inflação acumulada entre abril de 2022 e março deste ano, de 4,65%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
O maior aumento está previsto para o cargo de soldado da PM de 2ª Classe, primeiro estágio na carreira, com acréscimo de 31,62%. Mas todas as categorias das duas Polícias terão aumento. Em relação à Polícia Civil, por exemplo, a remuneração bruta inicial dos delegados em São Paulo alcançará os R$ 15.823,66; já para o escrivão de 3ª Classe, a remuneração deve chegar a R$ 6.665,35. Os peritos criminais da 3ª Classe da Polícia Científica passarão a receber R$ 13.745,06.
Caso seja aprovada pelos deputados estaduais, o impacto do aumento salarial para as forças de segurança será de R$ 2,5 bilhões no orçamento estadual em 2023.