Nos últimos 10 anos Atibaia teve crescimento de mais de 100% no tratamento de esgoto

Nos próximos dias o governo municipal vai entregar a segunda fase da obra de ampliação da ETE Estoril, ampliando ainda mais a capacidade de tratamento.

Dificilmente um município investe muito em infraestrutura de saneamento básico, por se tratar de obras de pouca visibilidade aos olhos da população. Como diriam alguns, “obra que fica embaixo da terra”. Por outro lado, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada dólar investido em água e saneamento, são economizados 4,3 dólares em custos com saúde no mundo.

 

 

Da mesma forma, estudo realizado por Rafaella Lange, gerente comercial da BRK, empresa privada de saneamento básico, e Juliana Almeida Dutra, diretora de projetos da Deep, especializada em projetos socioambientais, que resultou no livro “Quanto vale cada real investido em saneamento no Brasil?”, conclui que a cada R$ 1 investido em saneamento básico proporciona R$ 29,19 em benefícios sociais aos brasileiros. Como definem as autoras, “mais saúde, mais qualidade de vida e melhores condições socioeconômicas”.
Neste sentido, Atibaia tem se destacado. De acordo com dados fornecidos pela SAAE – Saneamento Ambiental de Atibaia, a infraestrutura destinada a tratamento de esgoto cresceu, em metros, 117% de 2013 para cá, se comparada aos dados de 2012. O que representa aumento de 64% na população atendida pelo sistema.
Esta semana o governo municipal fez a entrega da segunda fase da obra de ampliação da ETE Estoril, ampliando ainda mais a capacidade de tratamento, de 200 para 300 litros de esgoto, o que deve representar mais 85 mil moradores beneficiados com tratamento de esgoto. A obra foi iniciada em 2013 e faz parte do Plano de Universalização de Esgoto de Atibaia, lançado também na gestão anterior.
Em relação ao abastecimento de água tratada, os números também surpreendem. Enquanto em 2012 a infraestrutura de rede era de 381 mil metros, neste ano chegou a 610 mil, o que representa um crescimento de 60% e mais de 38 mil pessoas que passaram a ser atendidas com rede de água.
Mas não para por ai. A construção da ETA Central, obra iniciada em 2013, com previsão de término entre o final deste ano e início do próximo, vai duplicar a capacidade de abastecimento, garantindo água tratada para 100% da população da área urbana nos próximos 20 anos.
Para a zona rural, a SAAE, em parceria com a Secretaria de Agricultura, está desenvolvendo o Plano de Saneamento Rural, com soluções isoladas, tecnicamente viáveis e sustentáveis, para as regiões mais afastadas da cidade que não têm acesso às redes de água e esgoto.
“A universalização do abastecimento de água e tratamento de esgoto foi uma determinação do governo em 2013 e o planejamento está sendo cumprido para que possamos chegar a 100% da população atendida com água tratada e sistema de tratamento de esgoto”, afirmou a superintendente da SAAE, Fabiane Santiago.