Jornal O Atibaiense completa hoje 121 anos

O público leitor, a classe política e os anunciantes têm reconhecido constantemente a força do jornal impresso, apesar de tanta tecnologia.

A comunicação e o jornalismo em particular correram, lado a lado, com a tecnologia nas últimas décadas. Atravessando mudanças técnicas e editoriais, acompanhando a vida da cidade ao longo de 11 décadas, o jornal O Atibaiense – um dos mais antigos e tradicionais do Estado de São Paulo –  se mantém como autêntica instituição de Atibaia.

Fundado em 17 de fevereiro de 1901 por Antônio Silveira Maia,quando surgiu, pertencia à Empresa Jornalística Atibaia e circulava aos domingos.

O público leitor, a classe política e os anunciantes têm reconhecido constantemente a força do jornal impresso, apesar de tanta tecnologia. É uma honra para nós estarmos à frente do jornal. E uma grande responsabilidade também. Como as diversas homenagens deixaram claro, o jornal vem contribuindo com informações por mais de um século, auxiliando a formação de opinião dos atibaienses de forma digna, cumprindo seu papel de despertar a reflexão dos incontáveis leitores, abordando temas atuais e relevantes para a nossa cidade.

Comemorar 121 anos de existência significa que este tradicional veículo é de extrema importância para nossa cidade, pois é sinônimo de que o trabalho é feito com ética profissional e responsabilidade. Grande parte da história contemporânea de Atibaia esteve estampada em nossas páginas. Com o jornal O Atibaiense, a população tomou conhecimento da inauguração da rede telefônica (novembro de 1901) e do grupo escolar, atual escola estadual José Alvim, em 1905, da alteração do nome de São João Batista de Atibaia para Atibaia, da instituição do ensino obrigatório no município, em 1906, e da instalação da rede elétrica, em 1907.

O jornal também noticiou, em 1908, a posse do primeiro prefeito da cidade, o início das operações da Companhia Têxtil São João, em 1909, a inauguração do ramal de Piracaia da Estrada de Ferro e da Santa Casa de Misericórdia, em 1914. Da Atibaia dos anos 1920, divulgou o recenseamento federal. Na época, a cidade tinha 15.305 habitantes e 2.241 estrangeiros, enquanto que o então distrito de Jarinu possuía 5.960 habitantes e 1.166 estrangeiros.

Ainda nos anos 1920, suas páginas estamparam os avanços tecnológicos da época: a chegada do aparelho de rádio, a passagem do aviador Santos Dumont pela cidade, a inauguração do campo de aviação, a instalação da Usina Elétrica e a construção da estrada de rodagem que ligava Atibaia a São Paulo. Sem contar, ainda, a construção do Grande Hotel Municipal.

A década de 1940 foi marcada pela declaração, em 1945, de Atibaia como Estância Hidromineral. No mesmo ano, atibaianos que integraram a Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial, foram recebidos calorosamente pela população da cidade. Tudo isso nas páginas do jornal.

A Atibaia dos anos 1950 tinha cerca de 18 mil habitantes. Nessa década, o município ganhou seu brasão de armas, em 1954, e, no dia do aniversário da cidade, recebeu de presente os prédios da Câmara Municipal e da Prefeitura, fatos registrados pelo jornal, que já acumulava meio século de existência.

Da Atibaia da década de 1950 para a atualidade, o jornal conheceu os avanços tecnológicos para a sua produção e distribuição. Do linotipo às técnicas computadorizadas de diagramação. Do papel às redes sociais, sem jamais perder a identidade com a cidade. Secular e sempre renovado, o nosso querido jornal sempre prezou pela democracia e independência.

Hoje, além do jornal impresso, estamos presentes também em todas as redes sociais e com o nosso site – www.oatibaiense.com.br – com a mesma responsabilidade do impresso, levando sempre informação verdadeira e de qualidade. O chamado “Fake News”, muito na moda nos tempos de hoje, passa muito longo de nosso noticiário, toda notícia é checada antes de ser publicada. As notícias falsas são alimentadas pelo sensacionalismo e pela polarização política, elas viraram um assunto discutido 24 horas por dia, com dimensões de pânico moral. Esse tipo de pânico costuma se alimentar de apelos reacionários, que prometem uma era de ouro próspera e estável. Se observarmos a história da imprensa, veremos que o pânico moral quase sempre surge após a introdução de novas formas de comunicação de massa. Desta vez, as mudanças no ecossistema da mídia foram um dos principais combustíveis para a polêmica das fakenews – somadas ao fato de que os cidadãos viram seu bem-estar ameaçado por novos elementos. Nosso papel é combater esta prática sempre.

Parabéns Atibaia, pois este veículo de comunicação não pertence apenas a nós, mas a todos que nele buscam informação séria e de qualidade.