Confiança Empresarial atinge maior nível desde dezembro de 2013
Wagner Casemiro
Estudantes de Administração e leitores ligados em economia devem estar sempre em sintonia com os índices e indicadores. É o caso do Índice de Confiança Empresarial (ICE), da Fundação Getúlio Vargas, que agrega os dados das sondagens da Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. Os segmentos cobertos pelas pesquisas representam mais de 50% da economia nacional. O ICE e os subíndices de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e de Expectativas Empresariais (IE-E) serão divulgados mensalmente.
Recentemente, recebemos uma boa notícia: a alta do ICE foi motivada pela melhora tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das expectativas para os próximos meses. O indicador subiu 4,3 pontos em junho, para 98,8 pontos, o maior nível desde dezembro de 2013. Após a terceira alta consecutiva, a média do segundo trimestre de 2021 superou a do trimestre anterior, em 7,2 pontos.
A alta da confiança empresarial reflete a continuidade da fase de retomada da economia, sob o comando da indústria, que registra desde outubro de 2020 os maiores níveis médios de confiança desde 2011. Outro destaque das sondagens empresariais do FGV IBRE em junho é o setor de Serviços. Após a terceira alta expressiva seguida, a confiança do setor alcança o maior nível desde o início da pandemia.
“Ressalve-se que a recuperação deste setor continua ocorrendo de forma heterogênea, com os segmentos de serviços prestados às famílias avançando mais lentamente e sob influência ainda preponderante das expectativas. A aceleração do programa de vacinação é essencial para a normalização do nível de atividade deste segmento ao longo do segundo semestre”, avaliou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
Segundo a fonte, o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 4,4 pontos, para 100,9 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2020. Todos os setores que integram o ICE registraram alta no mês. E em todos os casos, a alta foi motivada tanto pela melhora das avaliações sobre o estado atual dos negócios, quanto das expectativas de curto prazo, com exceção do Comércio neste último caso. A Indústria e o setor de Serviços contribuíram com mais de 80% para a variação da confiança no mês.
A confiança empresarial subiu em 82% dos 49 segmentos integrantes do ICE em junho. Entre os grandes setores, apenas no Comércio houve redução da disseminação de alta entre os segmentos. Considerando a pandemia, esta é um boa notícia, que estimula os negócios e a recuperação da economia. Em Atibaia, estamos também com notícias e sinais de nos incentivam a perseverar. É isso, meus amigos.
* Wagner Casemiro é Secretário Municipal de Habitação de Atibaia, Professor Universitário Especialista em Administração, Contabilidade e Economia e Representante do CRA – Conselho Regional de Administração Atibaia.