Atibaia apresenta crescimento de mais de 30% nas vagas de emprego na construção civil
Setor é o segundo que mais cresceu em total de vagas geradas mas com relação ao total de empregos formais, teve a maior variação.
O Atibaiense – Da redação
O setor de construção civil tem apresentado crescimento em Atibaia nos últimos meses. Setor já foi o segundo que mais gerou empregos em 2024 e, até julho de 2025, mantém a segunda posição, puxando o saldo de geração de empregos na cidade. Na comparação entre o ano passado e esse, houve aumento de 30,8% no total de empregos formais na área.
No final de 2024, Atibaia registrou 2.364 empregos formais na área de construção civil. Esse número saltou para 3.094 em julho deste ano, uma variação de 30,8%. Nenhum outro setor apresentou variação tão grande. Em segundo lugar está o total de empregos existentes na cidade na indústria, que cresceu 4,57% (de 12.756 empregos formais para 13.340). o setor de serviços apresentou variação de 3,9% nos empregos de carteira assinada existentes na cidade, passando de 22.881 para 23.792.
Em 2025, a construção civil já superou, em sete meses, o saldo do ano passado inteiro (12 meses). Entre janeiro e julho, foram 730 vagas na construção. Durante todo o ano de 2024, foram 574. Mês a mês, o melhor saldo foi julho, com saldo positivo de 208 vagas. Em junho foram 97, em maio, 129, em abril, 98, em março, 59, em fevereiro 60 e em janeiro 79. Em 2023 a construção não gerava tantos empregos. Foram apenas 133 vagas de saldo positivo naquele ano e havia 1.790 pessoas com carteira assinada no setor.
Com a implantação de empreendimentos imobiliários tanto horizontais como verticais, a demanda por mão de obra do setor cresce e aquece o mercado de vagas de emprego. Há uma forte discussão na cidade sobre esse crescimento imobiliário, mas não se pode negar que ele vem afetando os empregos.
Enquanto o setor de construção cresce, o comércio está desacelerado e, em 2025, teve um saldo muito baixo de vagas, ficando negativo em dois dos sete meses analisados. O saldo total até julho é de apenas 66 vagas. Nos 12 meses de 2024 já estava abaixo de outros setores, com 169 vagas. Serviços, indústria e construção civil empregam mais que o comércio hoje na cidade.
Em 2023, o comércio foi o segundo setor que mais gerou empregos, com 246 vagas de saldo.
Analisando os principais polos comerciais de Atibaia é possível perceber que muitas lojas estão fechadas, com placas de aluga-se. Com isso, cai o número de vagas disponíveis no setor.
Os dados sobre todos os setores de Atibaia em julho, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego essa semana por meio do Novo Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados) mostram um saldo de 428 vagas, sendo que ocorreram no mês 2.671 admissões e 2.243 demissões.
A construção civil ficou em primeiro lugar, com saldo de 208, seguido de serviços, com 112. a indústria apresentou saldo de 50 vagas, igual a comércio, também com 50. o setor de agropecuária gerou 8 vagas positivas.
Entre janeiro e julho, foram 911 vagas em serviços, 730 na construção civil, 584 na indústria e 66 no comércio. O setor agropecuário ficou no negativo, com mais demissões que contratações (-7 vagas).
Atibaia registrou saldo de 2.284 vagas em sete meses, número que está acima do registrado em 12 meses de 2024, quando foram 2.111.
Diferente de Atibaia, no país houve queda na geração de empregos. Em julho, 129.778 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Em relação aos meses de julho, o volume foi o menor desde 2020, quando foram abertas 108.476 vagas. A comparação considera a metodologia atual do Caged, que começou em 2020.
A criação de empregos caiu 32,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em julho de 2024, tinham sido criados 191.373 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.
Nos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.347.807 vagas. Esse resultado é 10,35% mais baixo que no mesmo período do ano passado e o menor número para o período desde 2023. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
De janeiro a julho do ano passado, tinham sido criadas 1.311.751 postos de trabalho formais. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.



