Mudanças climáticas: o impacto direto no abastecimento de água
Como o calor extremo afeta o abastecimento domiciliares e os mananciais.
Nos últimos anos, os efeitos das alterações ambientais radicais têm se intensificado, colocando em risco a segurança hídrica das cidades. Ondas de calor intenso e longos períodos de estiagem aceleram a evaporação e reduzem os volumes de água nos mananciais, comprometendo diretamente o abastecimento e a disponibilidade de recursos hídricos.
Essas transformações extremasao ecossistema afetam diretamente o fornecimento de água, tornando essencial a implementação de medidas preventivas. Investimentos em infraestrutura, uso consciente dos recursos e ações de preservação são fundamentais para garantir a sustentabilidade hídrica e proteger os mananciais para as futuras gerações. O saneamento básico desempenha um papel crucial, pois a gestão eficiente da água e do esgoto contribui para a preservação dos recursos naturais e a mitigação dos impactos ambientais.
Apesar do baixo nível de informação sobre a crise ambiental, grande parte da população reconhece a importância da conservação do meio ambiente. Segundo uma pesquisa da Tereos, em parceria com o Instituto Datafolha, realizada no final de 2024, 55% dos entrevistados apontam a preservação como essencial para o futuro do planeta, enquanto 29% enfatizam o descarte adequado de resíduos e 15% o uso responsável da água. Essas atitudes são essenciais para mitigar os impactos da crise hídrica e garantir a sustentabilidade.

A pesquisa também revelou que 34% dos brasileiros desconhecem o que são as mudanças climáticas, enquanto 7% consideram-se mal-informados sobre o tema. O índice de desinformação é ainda mais alarmante entre as classes D e E, alcançando 54% desse grupo.
“O saneamento básico é fundamental para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas extremas, tornando essencial a implementação de medidas preventivas. Investimentos em infraestrutura, uso consciente dos recursos e ações de preservação são fundamentais para garantir a sustentabilidade hídrica e proteger os mananciais para as futuras gerações”, destaca Mateus Banaco, diretor-geral da Atibaia Saneamento.
A responsabilidade pelo enfrentamento das mudanças climáticas deve ser compartilhada entre governo, sociedade e setor produtivo. Para 38% dos brasileiros, o poder público deve liderar as ações de combate às emissões de gases de efeito estufa (GEE), enquanto 32% acreditam que a sociedade deve assumir um papel ativo. Já 22% apontam as indústrias como as principais responsáveis pela redução da pegada de carbono.
