Cresce nota de Atibaia dos municípios brasileiros que são centros de gestão de território

Nota atribuída à cidade de Atibaia no estudo de 2024 foi alcançada por apenas 78 municípios de todo o país.

O Atibaiense – Da redação

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou estudo, por meio da Diretoria de Geociências, a segunda atualização da temática Gestão do Território no período de 10 anos. Atibaia aparece com índice 5 em 2024, que foi alcançado por apenas 78 cidades brasileiras. Em 2014, a nota de Atibaia era 6, que é considerada mais baixa.
A classificação vai de 1 a 9, sendo 1 a melhor nota. Apenas Brasília tem o índice 1. Com a nota 2 estão 3 municípios brasileiros, com a nota 3, são 7. A nota 4 foi alcançada por 16 municípios, a nota 5, por 78. Alcançaram 6 152 cidades, 7, outras 218 e 8, são 333. A nota 9 foi alcançada por 1.368 municípios.
Os municípios de classes intermediárias (níveis de centralidade 4 e 5) fazem parte, majoritariamente, de Capitais Regionais. Essa hierarquia urbana significa que têm grande centralidade, muito acima da média nacional, mas uma capacidade de atração de população e de gestão do território abaixo da observada nas metrópoles 9somente metrópoles alcançaram níveis 1, 2 e 3).
As classes intermediárias inferiores são, por sua vez, predominantemente ocupadas por centros urbanos classificados como Centros Sub-Regionais (principalmente níveis de centralidade 6 e 7) e Centros de Zona (nível de centralidade 8).

 

Atibaia passou, portanto, de Centro Sub-Regional (6) para Capital Regional (5).
Segundo o IBGE, 3.394 cidades não foram consideradas centros de gestão pública. A partir dos resultados, é possível conhecer, no universo dos 5.570 municípios do país, quais são os Centros de Gestão, isto é, os responsáveis pelo papel de comando na rede urbana brasileira, tanto do ponto de vista empresarial quanto da gestão pública.
Apenas 39,1% dos municípios são centros de gestão do território. Em gestão pública, em 1º lugar está Brasília (DF), em 2º lugar está Rio de Janeiro (RJ) e em 3º São Paulo (SP). Em Gestão Empresarial, em 1º está São Paulo com nota 82399,5 e a cidade mais próxima a aparecer no topo do ranking é Campinas, em 8º com 10170.
Em gestão empresarial Atibaia saltou de 742 para 1.033,5 em 10 anos. É um resultado melhor, por exemplo, que de Bragança Paulista, que passou de 712 para 767.
A cidade vizinha, no entanto, está melhor em gestão de território. Atibaia subiu de 6 para 5 em 10 anos. Já Bragança subiu também de 6 mas para 4. A diferença se dá porque ao longo das últimas décadas, Bragança paulista sempre foi priorizada como sede de órgãos estaduais e federais, que influenciam na nota.
Na comparação das duas cidades, Bragança aparece com 1 sede do IBGE e Atibaia não tem nenhuma. A cidade vizinha também tem sedes da justiça Federal, Receita Federal e Educação Estadual, que não existem em Atibaia.
O estudo traz à tona a importância de os municípios terem representantes nas esferas estadual e federal que possam colaborar para que se tornem centros de gestão. Bragança paulista sempre teve deputado estadual e chegou a ter no passado 2 deputados estaduais e 1 federal.
Atibaia teve deputados estaduais da cidade por curtos períodos e não conseguiu a articulação necessária para trazer sedes de governo para a cidade. O ex-prefeito Saulo Pedroso, agora deputado federal, está há pouco tempo no cargo. Talvez no futuro possamos ter mudanças, mas no momento, é nítido que a articulação política faz diferença.
No índice que independe da gestão pública, Atibaia aparece muito à frente de Bragança Paulista, ou seja, é um polo empresarial muito mais relevante.