Dengue: Saiba tudo sobre a doença que vem crescendo no país em 2024

Veja perguntas e respostas relacionadas à dengue. Governo de São Paulo decretou emergência em saúde pública para a doença.

Como ocorre a transmissão da dengue?
O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz principalmente em depósitos de água limpa e parada. O vírus possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão por via vertical (de mãe para filho durante a gestação) e por transfusão de sangue é extremamente rara.

Qual a melhor forma de proteção contra a doença?
O combate aos criadouros do mosquito é a principal forma de prevenção da dengue e das demais arboviroses transmitidas pelo mosquito, como zika e chikungunya.

Eliminar os focos de proliferação do mosquito (locais que permitem o acúmulo de água parada, como caixas d’água, vasos de plantas, lixo, pneus, tampinhas de garrafa, entre outros) é a ação mais importante de combate. Lembrando que a participação da população é fundamental, já que grande parte dos focos do mosquito (75%) estão dentro das casas das pessoas. Os cuidados devem ser realizados ao longo de todo o ano e não apenas no verão.

O uso de repelentes, mosquiteiros e de roupas que protegem as pernas e os braços também fazem parte das orientações de proteção contra a dengue. E lembre-se: receba os agentes de endemias de Atibaia, que têm realizado um trabalho importante de vistoria casa a casa.

 

O que a Prefeitura de Atibaia tem feito para combater a dengue?
A Administração Municipal vem realizando mutirões desde o início de fevereiro, para vistoria e limpeza de casas e terrenos em diversos bairros da cidade, envolvendo uma ampla gama de setores. As ações, comandadas pela Secretaria de Saúde, contam com o caminhão cata-treco da SAAE para recolher material descartado, enquanto a Secretaria de Serviços é responsável por limpar terrenos públicos e a Mobilidade fiscaliza os terrenos particulares que estão com mato alto e sujeira.

 

Confira abaixo tudo o que foi publicado sobre as ações da Prefeitura no combate a dengue

 

 

Palestras, vídeos informativos, pesquisas e outras atividades nas escolas também estão sendo realizados, além da limpeza de locais com possíveis focos de dengue. A Prefeitura tem alertado a população em seus canais oficiais sobre a importância de evitar água parada e orientado sobre prevenção, transmissão e sintomas da doença.

Como denunciar possíveis criadouros?
A Prefeitura ressalta a importância de denunciar possíveis focos de dengue por meio dos canais oficiais. Para casos de locais com mato alto e sujeira, a Ouvidoria da Saúde está disponível pelo telefone (11) 4414-3344 (WhatsApp) e pelo e-mail ouvidoriasus@atibaia.sp.gov.br .


Quais são os sintomas?

Nem sempre a pessoa contaminada com a dengue desenvolverá sintomas – ela pode ser totalmente assintomática ou apresentar um quadro leve. Se a pessoa apresentar febre alta repentina (entre 39ºC e 40ºC) acompanhada de pelo menos dois destes sintomas deve procurar um serviço de saúde para diagnóstico: dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dor nas articulações ou nos músculos e prostração.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. Mas atenção: se após o declínio da febre (entre o 3º e 7º dias do início da doença), outros sinais continuarem presentes, é preciso buscar novamente o serviço de saúde porque eles podem indicar a evolução para uma forma grave da doença e a piora do quadro, podendo apresentar dor abdominal intensa e contínua; náusea e vômitos persistentes; manchas vermelhas pelo corpo (hemorragias); cúmulo de líquido nas cavidades corporais; sangramento de mucosas; letargia e irritabilidade.

 

Como proceder em caso de suspeita da doença?
A Secretaria de Saúde de Atibaia orienta a população que, em caso de suspeita da doença, é importante aumentar a hidratação e evitar a automedicação. Procure a unidade de saúde mais próxima. Medicamentos como Aspirina, AAS e Ibuprofeno não devem ser usados por pacientes que estão com suspeita de dengue ou que foram diagnosticados com a doença.

 

A dengue pode ser transmitida de pessoa para pessoa?
Não. Apesar de ser um vírus, a dengue não é transmitida pelo ar ou pelo contato com uma pessoa infectada. A única forma de transmissão da doença é por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

 

Posso ter dengue várias vezes?
Sim. Como existem 4 sorotipos diferentes da doença, uma pessoa pode se contaminar até quatro vezes ao longo da vida – cada vez por um dos sorotipos. A recuperação da infeção por um sorotipo proporciona imunidade vitalícia apenas contra ele.
Ao ser contaminada novamente por qualquer um dos outros sorotipos da dengue, o risco de desenvolver a dengue hemorrágica, que é a forma mais grave da doença, aumenta.

 

É possível uma pessoa contrair dengue e outras doenças ao mesmo tempo, como zika e chikungunya?
Sim. O Aedes aegypti pode transmitir a dengue, a zika e a chikungunya ao mesmo tempo. De acordo com um estudo da Universidade do Colorado (EUA), realizado em 2017, é possível uma pessoa contrair em uma única picada as três doenças.

 

Existe vacina?
Sim. A vacina Qdenga, que protege contra os quatro sorotipos da dengue, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início de 2023. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante, que requer a aplicação de duas doses, no sistema público de saúde.

Porém, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística do fabricante, por isso, inicialmente, segundo o Ministério da Saúde, a prioridade para vacinação são municípios de regiões endêmicas e crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue. Atibaia e os outros municípios da região ainda não receberam a vacina contra dengue.

O Instituto Butantan também está desenvolvendo uma vacina contra a dengue que, até o momento, apresenta resultados promissores: um estudo clínico com 16.235 voluntários apontou uma eficácia de 79,6% com uma única dose do imunizante. A expectativa é apresentar os dados para pedido de registro à Anvisa no segundo semestre de 2024.