Transações imobiliárias movimentam mais de R$ 1 bilhão em Atibaia anualmente
Cidade tem apresentado expansão imobiliária nos últimos anos e, apesar das preocupações, há uma série de vantagens nesse crescimento.
Foto/ilustrativa Canva
O Atibaiense – Da redação
Atibaia recebeu nos últimos anos dezenas de loteamentos e prédios residenciais e comerciais, apresentando grande expansão imobiliária. Dados oficiais de 2020 já apontavam cerca de R$ 1,2 bilhão em transações. Como a arrecadação do ITBI tem crescido ano a ano, o valor das transações também cresceu.
Recentemente, a Prefeitura divulgou as datas de três audiências públicas, todas voltadas para a implantação de novos loteamentos, o que mostra que o crescimento é constante.
No próximo dia 20 haverá audiência pública às 18h, no Auditório do Fórum da Cidadania, para exposição e discussão do Projeto de aprovação de loteamento na Av. Irlanda – bairro do Tanque. No dia 27, no mesmo horário, no Cine Itá Cultural haverá audiência para analisar projeto de loteamento na Al. Prof. Lucas Nogueira Garcez, 5.646 – no bairro Itapetinga. E no dia 3 de abril, às 18h no Fórum Cidadania, a audiência será sobre aprovação de loteamento na Estrada da laranja Azeda, no Guaxinduva.
Todas foram convocadas a pedido da Secretaria de Mobilidade e Planejamento Urbano e têm por objetivo dar oportunidade aos empreendedores de apresentar seu projeto, demonstrar o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EPIVIZ, recolher subsídios para o processo de tomada de decisões do Poder Executivo, “objetivando proporcionar aos cidadãos a oportunidade de encaminhar seus pleitos, sugestões e opiniões; identificar de forma mais ampla, os aspectos relevantes à matéria e dar publicidade a um assunto de interesse público”.
Em dezembro de 2022, já havia sido realizada audiência para exposição e discussão de proposta de aprovação de um projeto de construção de edifícios com 332 apartamentos, localizado à Av. São João, nº 1.600 – 1.605, área A1 – remanescente A2, no bairro da Ponte.
Atibaia vem se destacando no cenário imobiliário nos últimos anos, devido a uma série de fatores que a tornam atrativa para investidores e moradores. Segundo dados da Secretaria Municipal de Finanças, a cidade teve uma movimentação de R$ 1,2 bilhão em transações imobiliárias em 2020, o que mostra o aquecimento do mercado e o aumento da arrecadação do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis).
Esse crescimento reflete o aumento de novos imóveis construídos ou em construção; novos empreendimentos imobiliários lançados na cidade e diversos loteamentos aprovados.
Independente de polêmicas e controvérsias sobre a verticalização, esse avanço de novos empreendimentos, verticais ou horizontais, tem feito crescer um imposto que até alguns anos atrás representava apenas uma pequena parcela da arrecadação: o ITBI. Desde 2019 Atibaia tem apresentado crescimento na arrecadação do ITBI. Na comparação entre 2019 e 2020, o aumento foi de 50,84% e entre 2020 e 2021 cresceu ainda mais, havendo 57,65% mais arrecadação. Segundo informações da Prefeitura de Atibaia, em 2019 a arrecadação com o imposto foi de R$ 16.494.492,60, chegando a R$ 24.879.615,56 em 2020. Em 2021, foram arrecadados R$ 39.221.807,03.
A Prefeitura também registrou que o arrecadado em 2021 ficou acima do orçado. Era esperada uma arrecadação de R$ 21 milhões e como o valor passou de R$ 39 milhões, representou 86,77% a mais.
Em 2022 havia no orçamento a previsão de arrecadar R$ 41.126.400,00 com o ITBI ao longo dos 12 meses. Para 2023, a previsão é de R$ 40.315.700,00 no orçamento aprovado no fim do ano passado.
Há todo um debate sobre a preocupação com essa expansão, como a necessidade de investimentos que atendam aos novos moradores, assim como toda a população, com a oferta de serviços públicos de qualidade, incluindo saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura e segurança.
Mas há também vantagens. Com mais loteamentos sendo lançados na cidade, há mais oportunidades para quem quer investir ou morar em Atibaia, com maior oferta de imóveis para todos os gostos e bolsos, maior valorização dos terrenos e das construções e ainda há a geração de emprego e renda, especialmente nos setores de serviços e construção civil. Desde 2021, cidade tem saldo positivo de geração de empregos e também aumento no número de empresas abertas.