ANTUNES FILHO
O teatro brasileiro perdeu no dia 2 de maio último um grande encenador e genial diretor de peça. Estamos nos referindo, meu caro leitor, a José Alves Antunes Filho, mais conhecido como Antunes Filho e chamado carinhosamente de Zequinha por familiares e amigos íntimos. Alguns colegas que com ele trabalharam o chamavam também de “Mestre”.
Antunes Filho, que faleceu aos oitenta e nove anos em São Paulo, onde residia, estava internado no hospital Sírio -Libanês pois estava com câncer no pulmão, onde permaneceu por quatro dias.
Ele é muito importante para o teatro no Brasil e foi considerado pela crítica e pelos artistas como um dos principais nomes do teatro em nosso país.
Antunes Filho criou uma metodologia que lhe possibilitou formar grandes atores. Ensinou muitos atores como Laura Cardoso, Eva Wilma, Miriam Mehler, Raul Cortez, Stênio Garcia, Giulia Gam e tantos outros. Nessa sua metodologia desenvolveu um sistema de técnica e meios expressivos que mostravam influência de notáveis nomes do teatro universal como Stanilavsky e Brecht. Notava-se em sua metodologia que ele trabalhava com ideias relacionadas à física, à filosofia e à psicanálise.
Iniciou sua carreira no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC) como assistente de direção. Lá trabalhou com Flávio Rangel, Augusto Boal, Antônio Abujamra, Zé Celso, e Amir Haddad.
Sua obra de maior destaque foi a adaptação para o teatro da rapsódia Macunaíma, escrita por Mário de Anbdrade e cujo personagem principal clujo nome é título do livro, foi considerado pelo autor um
“ herói sem nenhum caráter”.
Para produzir essa peça, Antunes Filho trabalhou exaustivamente. Cerca de dez horas diárias durante um ano inteiro.
Ness peça, manteve-se fiel ao texto de Mario de Andrade, e alcançou enorme sucesso no Brasil e no exterior.
Anunes Filho nunca abandonou o teatro,dedicando-se a ele de corpo e alma, até o final de sua vida, apesar de sua idade avançada (89anos). Sua última peça foi encenada em setembro último. Intitulava-se ESTAVA EM CASA ESPERANDO QUE A CHUVA CHEGASSEe e foi apresentada no Festival Mirada, em Santos.
Ele morreu como queria, trabalhando no teatro. Só parou de trabalhar quando adoeceu . Estava com câncer no polmão num estágio avançado.
Nos últimos anos da década de setenta, montou o Centro de Pesqiuisa Teatral, que hoje funciona no SESC Consolação.
Produziu uma uma vasta obra. E seu trablaho foi muito reconhecido pela classe teatral e pela crítica. Recebeu diversos prêmios. Dos quais destacamos estes:
PrêrmioMoliére – m1968, 1971, 1974, , 1978 e 1961
Melhor diretor
PrêrmioShell 1991, 1992, , 1999, 2013
Melhor direção
Prêmio Bravo! Ptrime de Cultura (1906)
Melhor diretor.
Recebeu ainda, em 2013, a Medalha da Ordem do Mérito Cultural.
A produção teatral de Antunes Filho é muito vasta e foi muito enriquecida quando iniciou contato com Nelson Rofrigues e montou peças a partir de textox desse
grande escritos tais como A Falecida (1965);Nelson Rodrigues – Eterno Retorno (1981) e Paraíso Zona Norte (1989)
Outras peças que merecem destaque encendas por Antunes Filho foram (2000) baseada em obra de mesmo título de Guiuimarães Rosa. E, enveredando pela tragédias clássicas FragmentosTroianos (2000)e Medeia (2001).
É extraordinário o valor do trabalho legado porAntunes Filho.Seu nome será certamente sempre lembrado pelas pessoas que valorizam o teatro e a cultura, de uma forma geral, no Brasil