Ministério da Saúde esclarece dúvidas sobre campanhas de vacinação

Iniciativa visa conscientizar pais e responsáveis sobre a importância de atualizar as cadernetas de vacinas de crianças, adolescentes e adultos.

 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, participou, na última terça-feira (13), da live #PapoSaúde, transmitida pelas redes sociais da pasta. O objetivo foi reforçar a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada e esclarecer dúvidas sobre as vacinas.

As principais dúvidas dos internautas foram sobre as campanhas em andamento no país. São elas: a campanha contra poliomielite para crianças de 1 a 5 anos; a de multivacinação, para colocar em dia as vacinas para quem tem até 15 anos; e a de Sarampo, para adultos de 20 a 49 anos de idade.

Perguntas sobre os protocolos de segurança contra o coronavírus nos postos de vacinação, o público-alvo de cada uma das campanhas atuais e a importância de possuir e atualizar a caderneta individual de vacinação também foram direcionadas à especialista. Veja algumas perguntas abaixo:

 

Quem perdeu a caderneta de vacinação pode se vacinar mesmo assim?

Quem não tiver a caderneta de vacinação pode procurar o local onde foi vacinado para que a equipe tente localizar o histórico. No entanto, não ter a caderneta não é impeditivo para tomar as vacinas ofertadas pelas campanhas. Os profissionais das salas de vacinas do país avaliarão a situação de cada indivíduo e verificarão quais vacinas serão necessárias.

 

Pode tomar diferentes vacinas no mesmo dia?

Os profissionais de saúde estão preparados para receber e orientar a população. Não é preciso ficar receoso a respeito de tomar uma ou mais vacinas no mesmo dia. Isso porque hoje, no calendário vacinal disponível, muitas vacinas são combinadas, ou seja, feitas ao mesmo tempo para reduzir o número de injeções e otimizar a ida das pessoas ao serviço de vacinação. O profissional de saúde nos postos está orientado quanto aos esquemas vacinais e os devidos intervalos.

 

Qual será o protocolo de segurança durante o período da pandemia?

O Ministério da Saúde tem divulgado as medidas para a vacinação segura, a exemplo do distanciamento social. A Secretaria de Saúde de cada estado e do Distrito Federal está ciente sobre os cuidados que devem ser adotados para proteger o profissional de saúde e a população.

 

Qual o papel do Programa Nacional de Imunizações?

O Programa Nacional de Imunizações organiza a política nacional de imunização e indica quais vacinas são importantes de serem administradas na população. Atualmente, o calendário de vacinação no país contempla toda a família: desde a criança até a população idosa. Mais de 300 milhões de doses de vacinas são distribuídas todos os anos no país.

 

QUEDA DA COBERTURA VACINAL

A especialista do Ministério também falou sobre a queda nas coberturas vacinais, que pode estar relacionada ao medo de eventos adversos, à circulação de notícias falsas em relação à vacinação e, ainda, à sensação de segurança onde as pessoas acreditam não haver doenças. “É preciso conscientizar a população que essas doenças ainda existem, por isso é importante que todos estejam vacinados. É uma forma de proteger nosso país”, afirma.

Ainda segundo a coordenadora do PNI, a queda das coberturas no Brasil começou apenas a partir de 2016. Ela reforçou ainda que o fenômeno preocupa, e lembrou que o sarampo voltou a circular no país em 2019, três anos depois de o Brasil ter recebido o certificado de área livre de circulação da doença. “Isso é uma preocupação importante para o Programa Nacional de Imunizações. Nós podemos voltar a ter doenças que já foram eliminadas, a exemplo da rubéola,  síndrome da rubéola congênita e o tétano neonatal”, alertou.

Francieli lembrou, ainda, que “é muito melhor prevenir uma doença do que tratar” e que o PNI é uma “conquista brasileira”. “É importante que os pais ou responsáveis levem a sério a vacinação. O PNI é reconhecido nacional e internacionalmente. Houve uma redução muito grande nos últimos anos de doenças graves que deixavam sequelas. Deve-se buscar o serviço de saúde para avaliar qual vacina você precisa”, pediu.

Confira, abaixo, as campanhas de vacinação vigentes atualmente no Brasil:

Campanha Nacional de Multivacinação: o público alvo são crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. A campanha teve início em 05 de outubro e vai até o dia 30 de outubro. O objetivo é a atualização da caderneta para esse público.

Poliomielite: o público alvo são crianças de 1 a menores de 5 anos de idade. A campanha vai até o dia 30 de outubro e previne contra a paralisia infantil. Vale lembrar que o último caso registrado no país foi em 1989 e em 1994 recebemos o certificado de área livre da circulação do poliovírus selvagem.

Estratégia de Vacinação contra o Sarampo: o público alvo é a população de 20 a 49 anos de idade. A campanha é indiscriminada, ou seja, mesmo aqueles que já tomaram a vacina de sarampo podem tomar outra dose. A campanha de sarampo teve início em março e vai até 30 de outubro.

Luiza Barufi – Ministério da Saúde / Jornalista