Projeto Corpos Dissidentes abre inscrições para oficinas gratuitas de dança em Atibaia

“O Projeto é contemplado pela Lei Emergencial Paulo Gustavo e busca reunir pessoas de diversas origens e necessidades para a realização de um Espetáculo de Dança Inclusivo”

A primeira oficina de dança do Projeto Corpos Dissidentes está com inscrições abertas. O projeto, contemplado pela Lei Emergencial Paulo Gustavo (Lei Federal n°195/2022 e suas alterações), inicia no final do mês de julho (28) o cronograma de atividades em Atibaia. Na fase inicial, o projeto contará com duas oficinas de dança gratuitas e abertas para a participação de toda a população. A idealização do projeto é da produtora cultural Réka Dartte e será realizado em parceria com a Associação Cultural Negra Visão: “Realizaremos ações para envolver dançarinos com diversas habilidades, origens e necessidades em uma linda jornada que culminará em um espetáculo de dança inclusivo ao final do projeto, no mês de novembro”, aponta a produtora cultural.
A primeira oficina será realizada no domingo (28), no Centro Comunitário do Jardim Imperial, a partir das 15 horas. O trabalho será conduzido pelo professor, bailarino, coreógrafo baiano Mestre Enoque Santos. Formado pela Universidade da Bahia (UFBA) e responsável por diversos projetos junto ao SescSP e de outros estados, Mestre Enoque faz parte do coletivo de dança Osibàta, já se apresentou com o Dançarino Clyde Morgan na Pinacoteca do Estado de SP com espetáculo Oriki para Zumbi em homenagem a Pierre Verger e realizou a preparação corporal da Cia de Diadema para o espetáculo “Crendices Quem Disse”. Além disso, participou da Bienal Internacional Sesc de Dança e é curador da São Paulo Escola de Dança: “Com base no mundo contemporâneo, onde as atividades acontecem ao mesmo tempo, o Projeto Corpos Dissidentes pretende mostrar que é possível reunir diversos seguimentos artísticos de forma harmoniosa.
Estas expressões artísticas são e serão inspiradas na cultura negra e afro brasileira para orientar o corpo na sua expressividade e sobre a importância desta ancestralidade na corporeidade dançante “, explica Mestre Enoque. Para inscrever na primeira oficina, é necessário acessar o formulário de inscrição disponibilizado no perfil @projetocorposdissidentes no Instagram, através do whatsapp 11918982182, ou através do link: https://forms.gle/zahKQL1wzFRxaHSh8 O Centro Comunitário do Jardim Imperial fica na Rua Pacaembu, n°65.

PRÓXIMAS ETAPAS
No final de agosto, dia 25, a segunda oficina gratuita de Danças Afro-brasileiras para todos os corpos será realizada no Quilombo Urbano Negra Visão, na Rua Doutor Osvaldo Urioste, n°41, no centro de Atibaia. Nos meses de setembro e outubro, o projeto entra na segunda fase, com rodas de conversa, oficinas e aulas de dança voltadas para um público específico, composto por pessoas com corpos dissidentes. O projeto entender por corpos dissidentes aqueles que foram subjugados e marginalizados de alguns espaços por não corresponderem ao padrão estabelecido como o corpo ideal pela nossa sociedade, corpos que foram invisibilizados, criticados e que sofreram diversas formas de preconceito ao longo da história: “Queremos dar oportunidade e visibilidade às pessoas que são discriminadas por sua aparência e, por isso, têm sua competência para a dança julgada. Também queremos trazer a beleza da vida que pulsa “do lado de lá da ponte” – como diz quem está na região central de Atibaia e integrá-la com a cultura da cidade, de onde é geralmente excluída.
Traremos com os negros os demais corpos marginalizados, mostrando que a arte independe de padrões preestabelecidos”, reforça Silvana Cotrim, diretora-presidenta do Quilombo Urbano Negra Visão. No mês de novembro, os participantes do Projeto Corpos Dissidentes realizarão uma série de ensaios para se prepararem para uma apresentação especial de dança afro-brasileira que será realizada no dia 23 de novembro, às 20 horas, no Auditório Vilma Guzzi, no Cine Itá Cultural, no centro de Atibaia: “será uma apresentação formada por corpos que dialogam lindamente em sonoridades, ritmos e movimentos, mas que não dialogam com o duro estereótipo que o mundo nos impõe. Nossos corpos dissidentes são os corpos negros, corpos gordos, corpos da comunidade LGBTQIAPN+, da pessoa com deficiência, do idoso, do indígena, do oriental, entre vários outros mais. Será um processo criativo intenso que culminará em um espetáculo de dança que promove diversidade, inclusão e protagonismo dos CORPOS DISSIDENTES. Todos os corpos merecem espaço para serem vistos, contemplados e respeitados. Todo corpo que é vivo, pulsa. E todo corpo que pulsa, dança”, finaliza a produtora cultural Réka Dartte.

APOIO
O Projeto Corpos Dissidentes também está aberto para a realização de parcerias e apoiadores que ajudem a promover e a estruturar ainda mais a realização de cada etapa. Para fazer parte desta equipe de apoio é necessário entrar em contato via Whatsapp 11918982182.