Clube Recreativo Atibaiano completa este mês 124 anos
O jornal O Atibaiense fez 120 anos em fevereiro e, agora em agosto, seu “irmão mais velho” entre as instituições de Atibaia, o Clube Recreativo Atibaiano, faz 124. O CRA foi fundado em 1º de agosto de 1897, sendo inaugurado em 19 de setembro daquele ano, já no final do século XIX. O primeiro presidente foi o juiz dr. Affonso José de Carvalho. Atualmente, Luiz Ruivo responde pela presidência.
O clube tem sede social própria na praça Claudino Alves, 125, centro de Atibaia, com capacidade para 800 pessoas. Com a pandemia, a presença de público está restrita, adequando-se aos padrões sanitários. Os bailes marcaram sua história e, no momento, a intenção é ampliar a tradição, complementando-a com a abertura à cultura e às artes. Show do Rafael Schimidt Trio vai comemorar o aniversário do CRA neste sábado, 7 de agosto, a partir das 20h.
“Gostariamos de celebrar esse momento com nosso tradicional baile. As circunstâncias não nos permitiram. Estamos, no entanto, em contato direto com o Legislativo e o Executivo de Atibaia com vistas a essa liberação. Poderemos ter boas notícias brevemente. Graças a um trabalho em equipe, e com a colaboração da sociedade local, estamos tendo a oportunidade de realizar vários eventos, com excelente retorno de público e crítica”, disse Luiz Ruivo.
Filho do bandolinista Jairo Ribeiro, Rafael Schimidt cresceu na roça do interior paulista, com uma vida intimamente marcada pela música. Iniciou sua carreira profissional aos 15 anos, seguindo as influências do choro, da música caipira, da música erudita e da música flamenca, entre outras. Mestres como Guinga, Dilermando Reis, Dino 7 Cordas, Raphael Rabello, Baden Powell, Paco de Lucia, Alessandro Penezzi, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Cartola inspiram o músico. Estudou violão erudito no Conservatório Villa-Lobos, em São Paulo, com mestres como Douglas Lora, Fernando de La Rua e Paulo Belinatti.
Rafael foi premiado em 2007; entre 2008 e 2009 apresentou ao público composições próprias; e desenvolveu trabalho inovador com o diálogo entre o violão erudito e a viola caipira. Em 2012, lançou seu primeiro CD “Antigamente era assim”. Tocou na Alemanha, em duas ocasiões, e lançou novo CD. Realizou trabalhos no formato trio. E mantém, como se confirmará hoje, o espírito explorador do instrumentista.