Banda 24 de Outubro precisa de ajuda para pagar contas e reformar a sede própria
A Banda 24 de Outubro está precisando de ajuda dos fãs e dos apreciadores da cultura para pagar contas (água e luz) e reformar o prédio, que corre o risco de ser interditado pela Defesa Civil. Segundo Marcelo Alvim, que organiza o grupo Amigos da Banda, a iniciativa tem agora conta em banco para centralizar as doações: Banco do Brasil, Ag. 6554-4, c.c 25238-7 e CNPJ 51295343/0001-61. A sede é própria e fica na rua Álvaro Correia Lima, no centro de Atibaia, perto do Museu Municipal João Batista Conti.
Essa história remonta aos anos 30 do século XX. Logo após a vitória da revolução chefiada por Getúlio Vargas, dirigentes do Partido Democrático – organização representativa da classe média tradicional, vinculada a setores cafeeiros e à população urbana – decidiram formar uma banda para aumentar seu prestígio e valorizar comícios e festas. O partido político contrário era representado pela Banda 1° de Março.
Os fundadores foram Álvaro Correia Lima, Major Sebastião Teodoro Pinto, Bento Marcondes Escobar, Sílvio Russomano, José Herculano Bueno e outros políticos. A primeira regência coube a Francisco Lamoglie Filho, de Piracaia. Conhecida como “Banda Branca”, pela cor de seu uniforme, fez sua primeira apresentação em 15 de fevereiro de 1931, no antigo coreto da praça Claudino Alves. Em 1935, assumiu a direção da corporação Pedro Cerbino. Em 1960, a banda adquiriu personalidade jurídica para receber terreno doado por um de seus fundadores, José Herculano Bueno, podendo então construir a sede própria.
Em 1969, assumiu a regência da banda o maestro Frederico Suppione, bragantino que se mudou para Atibaia em 1938. Foi fiscal sanitário, comerciante e também regeu a Banda 1° de Março até sua união com a Corporação 24 de Outubro. Também foram regentes da banda Sebastião Flórido e Aristides Borghi. Com a união dessas corporações em 1973, as desavenças político-partidárias foram extintas.
Durante seis décadas, a Corporação Musical 24 de Outubro contou com a regência de maestro José Domingos Massoni. Hoje, ė regida pelo músico Regivaldo Assaf, o “Vermelho”. Segundo Marcelo Alvim, do grupo Amigos da Banda, “recebemos subvenção da Prefeitura mas essa verba não pode ser usada para reforma do prédio, que é necessária urgentemente”.