Violência doméstica poderá ser registrada na delegacia online

A Polícia Civil informou que desde o dia 2, as ocorrências de violência doméstica e familiar contra a mulher podem ser registradas pela Delegacia Eletrônica, no site oficial da Polícia Civil (www.delegaciaeletronica.policia
civil.sp.gov.br).
De acordo com a delegada Jamila Ferrari, Coordenadora das DDMs (Delegacia de Defesa da Mulher) em São Paulo, o atendimento eletrônico às vítimas de violência contra a mulher já estava sendo planejado pela Polícia Civil e teve seu lançamento antecipado por conta da crise da COVID-19.
“Buscamos nos antecipar a um fenômeno que ocorreu em outros países, como China, Espanha, França e Estados Unidos, que registraram aumento no número de casos após adotarem medidas de isolamento social”, afirmou a delegada.
A principal vantagem do novo serviço, segundo Jamila, é a agilidade na notificação das ocorrências. “A vítima poderá acessar o site de qualquer dispositivo conectado à internet, como smartphone, tablet ou computador. Esse serviço é essencial em um período em que as mulheres têm dificuldade para sair de casa”, acrescentou.
A coordenadora das DDMs ressalta que os casos de violência doméstica terão prioridade no atendimento eletrônico e que o serviço ainda deve ser melhorado para facilitar o contato das vítimas com as autoridades de segurança.
“Vamos aprimorar a ferramenta gradualmente, principalmente em relação às questões técnicas. O importante é que estamos colocando à disposição da sociedade mais uma ferramenta de defesa das mulheres. E as que preferirem buscar ajuda em uma delegacia física também serão atendidas normalmente”, disse.
Assim como nos demais casos registrados pela delegacia eletrônica, os boletins de violência doméstica passarão por uma triagem e serão encaminhados às DDMs correspondentes à região de cada ocorrência. Nas cidades que não possuem uma DDM, a ocorrência será direcionada à delegacia territorial correspondente à residência da vítima. Caberá aos delegados e delegadas responsáveis providenciar as diligências e perícias necessárias, assim como entrar em contato com as vítimas.
“É muito importante que as vítimas guardem as provas em lugar seguro, como fotos, vídeos e diálogos escritos. Elas são necessárias para dar materialidade aos casos e serão requisitadas pelos delegados”, alertou a coordenadora das DDMs.
Ocorrências de estupro e estupro de vulnerável deverão continuar sendo registradas presencialmente, na delegacia. A delegacia de Atibaia continua aberta e atendendo. A recomendação, no entanto, é que nos casos que podem ser registrados na delegacia eletrônica, a pessoa faça essa opção, por ser mais seguro nesse momento de combate à transmissão do coronavírus.

Deixe uma resposta