Como chegar à felicidade? Com muito trabalho e esforços
Neste mundo louco de postagens e de notícias, precisamos cada vez mais de reflexão, meditação e silêncio. Só assim podemos curar nossas mentes da correria, do desperdício, da enxurrada de más emoções e pensamentos tortos. Por tudo isso, neste espaço privilegiado do jornal O Atibaiense, estou sempre a me socorrer das ideias superiores reunidas nos encontros e conversas do evento anual Fronteiras do Pensamento.
Hoje, vamos passear aqui um pouco pela mente do filósofo Luc Ferry, autor de dezenas de publicações sobre temas atuais e questões existenciais. Ele tem a capacidade de apresentar assuntos atemporais através de situações práticas do cotidiano. Entre os temas, estão o amor, a ecologia e o casamento. Ferry também gosta de discutir valores contemporâneos como o sucesso e a competitividade, além de tópicos que envolvem nossas vidas como as novas gerações e a internet.
Para ele, “a vida boa é uma vida de amor. Isso é uma evidência constantemente presente em nossa vida privada e, mesmo assim, quase não ousamos tocar nesse assunto fora da intimidade. Na verdade, o amor está ligado a uma história pouco conhecida, à qual dediquei meus últimos livros: a invenção do casamento por amor no Ocidente”.
Como chegar à felicidade? Segundo Luc Ferry, “a felicidade é uma ideia sem sentido, porque é indefinível. Uma pessoa sonha com uma volta ao mundo em um veleiro, já outra detesta o mar. Uma adora caçar, enquanto seu vizinho cuida de animais. Outra vive intensamente sem pensar no dia de amanhã, enquanto seu irmão constrói a vida levando em conta o futuro”.
E para finalizar: “Os seres humanos conhecem momentos de alegria e, às vezes, até momentos de graça e de serenidade, mas não conhecem nada que se pareça com um estado de felicidade estável. Por isso, a felicidade é, afinal de contas, uma quimera da imaginação. O melhor seria dizer a nossos filhos que uma vida boa é, antes de tudo, uma vida inteligente e livre, o que implica trabalho e muitos esforços”.